sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Playlist de Setembro
David Guetta ft. Sia – Titanium
No seu mais recente Trabalho “Nothing but the Beat”, o Rei da House plastificada refreia os seus ímpetos euro-hop e opta até por uma house mais soturna. Nesta colaboração com a doce Sia, regressa à velha forma bombada e até não se sai mal.
Cut Copy - Blink and We'll Miss a Revolution
Os meninos da electro-pop nao param e agora é a vez de uma canção com tons tropicais. Versáteis, hein? Em todo o caso, exemplo perfeito do estado do mundo.
Azari III - Hungry for the Power
AZARI III foram uma das novas descobertas musicais que fiz. Como os apresentar sem recorrer à comparação com os Hercules & Love Affair numa versão alternativa ao quadrado? É complicado. Contudo, uma vantagem: numa das suas primeiras canções, videoclip com direito a bolinha vermelha. Isto promete…
CSS - Hit me like a Rock
Depois de uma incursão falhada pelo rock que quase comprometeu o sucesso fluroscente do grupo, “Hit me like a Rock” é o regresso à boa forma e, diga-se de passagem, mais do que só “suficientemente bom” para se constituir como tábua de salvação. É quente, divertido e populacho. Bem-vindos/as CSS!
Shitt Robot ft. Alexis Taylor - Lose My Patience
As colaborações de Alexis Taylor são invariavelmente interessantes. Desta vez é a vez de Shit Robot, uma banda que pratica uma espécie de trance minimalista (blurg!). Alexis salva a canção.
Young Professionals - D.I.S.C.O.
A canção que faltava no panorama da pop camp. Ivri lider, com um ar carinhosamente geek, canta e encanta num sonoridade que remete a uns Pet Shop Boys ou (no refrão) ao soletrar de uns Village People, acompanhado com o seu amigo israelita. Clipe bem produzido, parecendo os mais recentes vídeos de Scissor Sisters. Ivri Lider, Pet Shop Boys, Village People, Scissor Sisters, uma canção chamada “D.I.S.C.O.”, querem algo mais camp?
Shakira - Addicted to You
A onda exotica “englispanish” continua. Depois de ficar louca e raivosa (“Rabiosa” significa raivosa e não outra coisa), Shakira confessa-se viciada. Também com um rapagão como uma dela, quem não ficava. Escusava era viciar na canção dela. Um vicio nunca vem só…
Tony Bennet ft. Lady GaGa - Lady is a Tramp
O registo jazzie assenta bem a GaGa. Será que a cantora fará o mesmo que Aguilera em “Back to Basics” no seu próximo álbum (no qual já se encarregou de trabalhar). Não o saberemos mas de facto não seria má ideia.
Nicholas Jar - El Bandido
Nicholas Jar é um dj promessa no panorama musical atual, remixando músicas como de AZARI III ou GaGa. Ah bandido!
Edward Maya - In My Arms
Mais musicas azeitiriz. Mas a gente gosta…
Will Young – Jealousy
Uma balada para descontrair ao estilo de Adam Lambert...
Doce - Ok, K.O.
Redescobri este hit das meninas Spice Girls portuguesas numa altura onde as girlsband eram uma miragem a nível mundial. Aviso: ponham a tocar e não conseguem parar de cantarolar. Caso para dizer: ficam K.O., Ok?
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Medina Vadio
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
O dificultismo Demo Crato
A retórica da exaltação do rigor e a devolução da autori(tarismo?)dade aos/às professores/as – como se ela alguma vez lhes fosse retirada – é o ex libris da direita conservadora e neoliberal. Compreende-se que, e especialmente em momentos de crise – uma crise, ela própria, provocada pelos excessos do neocapitalismo desregulado -, essa retórica populista seja do motivo de agrado de muitos e muitas encarregados/as de educação (repare-se no discurso do Presidente da Associação de “Pais”, Albino Almeida, sobre a retirada dos 500 euros de prémio aos melhores alunos e alunas, reforçando a necessidade de valorização do esforço, empenho e sacrifício) que anseiam, cada vez mais, que os seus filhos e filhas ascendam socialmente por conta do seu mérito – dispositivo de constituição “normativa axiologicamente neutra” – como se as instâncias que quantificam e qualificam o mérito não fossem, elas próprias, de natureza relacional, contextual e subjectivantes.
Numa altura em que se tem vindo a assistir à massificação do ensino - desde meados do século XX de forma ténue, desde do 25 de Abril de forma acentuada e com formas novas desde da década de 90 como bem ilustra Ana Almeida e Maria Vieira - e esta, ora oscilando entre uma consolidação frágil e a sua própria crise interna e reflexiva como faz questão de lembrar Helena Costa Araújo, exige assim novas respostas das políticas educativas (por exemplo, o saber gerir – ou relacionar-se - com a diversidade étnica, cultural, social, etc, ela própria resultado extrínseco e, portanto, inevitável dos processos de globalização) e, em particular, à própria massificação (frágil) do Ensino Superior (daí a preocupação de Medina Carreira), não admira que haja uma tendência das classes trabalhadoras, socialmente desfavorecidas, que consiste no desejo profícuo de querer (e poder, pois existem recursos, como a SASUP embora a sua eficiência seja discutível) colocar a sua “prole” no sistema educativo, obrigatório e Superior.
Ora, esse impulso que se assiste nas classes trabalhadoras foi o impulso excelso da classe média antes dos anos 70. A mudança dos sistemas organizacionais sócio-económicos, nacionais, transnacionais e mundiais (por exemplo, com o avanço de um sistema pós-fordista, um capitalismo flexível fundado no conhecimento como output e o florescimento de uma “sociedade do conhecimento” que exigem um novo mandato político-educativo às escolas, como bem demonstra António Magalhães), faz com que, ao mesmo tempo haja transformações internas na própria classe média (o surgimento da “nova classe média”) e que esta passe agora a tornar-se vigilante quanto á possibilidade de ascensão da classe descendente, ou seja, a classe trabalhadora.
Essa vigilância torna-se cada vez mais intensa na medida proporcionalmente direta dos ataques sociais à própria classe média, os quais que este Governo tão bem soube dirigir e agilizar. O discurso do facilitismo surge neste contexto. Ora, à boa maneira Illichiana, é verdade que, quando se inventa um modelo e quanto mais restrito ele é, mais fácil se torna criar as condições para se sair desse sistema, que é como quem diz, ser excluído/a. A direita não diz o diretamente (como se pode dizer aos portugueses e portuguesas que se quer uma sociedade profundamente estratificada e desigual e continuar a auto-intitular-se um estratega político, um marketer engenhoso? Nem toda a gente pode ser Alessio Rastani…) mas também se sabe que uma medida política nunca pode ser lida de forma literal mas sim averiguada para lá das suas intenções.
Em suma, o discurso anti-facilitismo resulta, inevitavelmente em exclusão. É por isso que é urgente (re) inventar uma nova terminologia ideológica: o dificultismo. E contra esse não há ninguém que nos salve.
Hugo Santos é licenciado em Ciências da Educação, futuro Mestre na mesma área, com especialização em “Juventudes, Educação e Cidadania”, e tem realizado alguns projetos de investigação sobre exclusão e inclusão social, juventudes e questões LGBT. As suas áreas de interesse científico contemplam a epistemologia e investigação, questões identitárias de classe, género, etnia e sexualidade, políticas educativas e sociais em contexto de globalização (cidadania, inclusão e justiça social) e sociologia da família.
Palestinas de gajos atrás de mim...
É grave quando um dos artigos constitucionais prevê o reconhecimento à autodeterminação e independência de outros povos e o nosso primeiro-ministro e o ministro dos negócios estrangeiros vierem à praça pública dizer que reconhecimento só com acordo de paz. É como se viesse Espanha ocupar Portugal e o estado português só fosse reconhecido se… (tchan!) assinássemos um acordo de paz com Espanha. Palestinas de gajos atrás de mim, vai-me calhar estes ministros… anti-constitucionais.
O mistério da neutralidade. Amén Heil
Se a ICAR não pratica “política direta” então pratica a “política indireta”, certo? O que é “política indireta”? Como se traduz e/ou se operacionaliza? A acrescentar ao mistério da Criação temos o mistério da neutralidade…
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Lixo is back
Colocado no facebook oficial da banda há alguns minutos atrás:
Frase da Semana
Jason Momoa
domingo, 25 de setembro de 2011
Olé Catalunha
"Bullying is for the losers"
Conquistas feministas
Nem tudo é mau, vá. Agora só falta o Rei passar a liderança... à Rainha. Pois, isso já é mais complicado...
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Sni, snif
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Caridade
Pensando duas vezes, doar esperma rende mais…
Casa dos Degredos, dose dupla
É impressão minha ou houve pouca biodiversidade na escolha dos/as concorrentes para a Casa dos Segredos 2? Elas são (tirando todo sexismo que daí possa discorrer) umas grandes putas (as más línguas dizem que o maior segredo da Casa é: “sou puta; no meio de tantas é difícil descobrir…”), eles não passam de corpos sem cérebros, oscilando entre o efeito camarão (“tira-se a cabeça, come-se o corpo”) e o efeito mobiliário (“ideais para decorar a casa”). Gays assumidos? Nem vê-los. Uma coisa é certa: Se Teresa Guilherme (de realçar, como sempre, perfeita no papel que lhe coube em mãos) queria sexo e a TVI audiências, então ambas vão ter o que pretendem.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Incoerências laranjas
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Manifesto Anti-hetero
Argumento anti-hetero #2: O excesso de população mundial, fruto da heterossexualidade sem limites, é a causa das crises económicas, do desemprego e do desequilíbrio ambiental.
Argumento anti-hetero #3: O fascínio dos homens heteros por seios representa, na gramática freudiniana, um desvio patológico (da procriação), um atraso desenvolvimental e uma atração incestuosa com a mãe.
Argumento anti-hetero #4: Os heterossexuais tem maior tendência para a violência, assédio, promiscuidade, exibicionismo e pedofilia. Basta ver os altos índices de pedofilia e HIV neste grupo e o exibicionismo dos homens heterossexuais face às conquistas femininas.
Argumento anti-hetero #5: Se a heterossexualidade é mesmo natural porque leis anti-gays e leis a promover o heterossexismo? Porque é que Deus obrigou Adão a gramar a Eva e não criou outras pessoas (homens e mulheres) para verificar se a tendência de Adão era, de facto, heterossexual? Porque é que os homens heteros falam dos gays como se estivessem a auto-convencerem-se de algo?
Argumento anti-hetero #6: O amor homossexual é o mais puro! Porque é amor só por si mesmo. O "amor" hetero limita-se à funcionalidade reprodutiva.
Argumento anti-hetero #7: Na escala de Darwin os homossexuais estão no topo pois se, na linha evolutiva as espécies que sobrevivem são superiores, como explicar que uma singela minoria tenha, ao longo de séculos, suportado tanto escárnio (Inquisição, Holocausto, etc) e mesmo assim conseguir hoje direitos como o casamento ou a adopção de crianças?
Argumento anti-hetero #8: De Wilde a Da Vinci, de James Dean a Alexandre, o Grande é claro para toda a gente ver que os homossexuais desempenham funções muito mais nobres (i.e., as artes) e possuem qualidades mais refinadas do que os heteros. Contudo, a construção civil é sempre uma opção.
Argumento anti-hetero #9: A heterossexualidade prejudica gravemente a saúde vaginal.
Argumento anti-hetero #10: Nunca vi um cão a meter o pénis no meio das tetas da cadela, contudo, já vi relações homossexuais entre animais (com cópula). Who's natural now?