terça-feira, 13 de maio de 2008

"Crescei e Multiplicai-vos" - Um Blogger Anónimo


Estou muito indeciso como começar as próximas linhas. Professores de Português tenham medo, tenham muito medo e não, eu juro que não vou exigir o meu querido e mal fadado telemóvel aos berros e juro que não tenho afinidade genética com a Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues. Finalmente não resisti a criar uma coisinha destas seguindo a velha máxima (nacional ou não) do "se toda a gente tem também quero ter"; o Fidelzinho já se entregou à coca cola e ao tomate transgénico porque é que não posso criar um blogue hein? A falta de imaginação para um primeiro post é que estraga tudo. Graças a Deus (literalmente) que não tenho só setes dias. De certa forma, até percebo o falhanço da obra divina: com um pouquinho mais de tempo disponível (isto se tivermos em conta que Adão não era português) as coisas entravam nos eixos (com todo o respeitinho à Eva que apesar de cá o je ser anti-fascista e reconhecer que uma máquina depiladora em casa faz muita falta, gostos são gostos, há quem goste deles casados, carecas, com uma folhinha de figueira a tapar o zezinho ou com um bigodinho curtinho como prolongaçao da pilosidade do nariz!) mas nestas coisas do Divino e do sobrenatural há efectivamente horários rígidos a cumprir e nem sequer um sindicatozinho para reinvidicar. Continuando...
Não sei se tem a ver com a qualidade cardeal do meu signo (Capricórnio claro está porque Virgem ja me basta as Marias e as Britenei Spires deste mundo) mas normalmente, e agora vem a parte séria, quando enveredo por um projecto, por mais mínusculo que ele pareça canso-me facilmente. O processo da criação é um pouco saturante. Não por falta de imaginação, muito pelo contrário, pela excessiva imaginação e pela minha incessante insatisfação (gostas pouco gostas!) que me faz indagar se não poderia ter feito mais e melhor. Como elaborar algo perfeito impossivel seria (por razões ideológicas óbvias) porque haveria eu de ter a canseira de criar um blogue? Há uma multiplicidade de coisas mais interessantes para fazer: ler "O Jogo" na WC (papel nestas ocasiões dá sempre cá um jeitaço), fazer o sodoku durante uma entrevista de emprego no MacDonalds ou na feira de Carcavelos, memorizar todas as linhas do percurso da STCP comparando a velocidade do 705 com um coche etíope dois cavalos e meio ou até mesmo tirar os borbotos todos de uma meia suja, encarnada às bolinhas brancas, do pé esquerdo e fazer pontaria às manchas de humidade do tecto. Mas aqui está ele: senhores e senhoras, meninos e meninas, gays e lésbicas, travestis e transsexuais, bissexuais e panssexuais, hermafroditas e assexuados, carentes, impotentes, castrados, swingers, fãs da Ana Ma.. Ma.. Malhoa ou simplesmente feios, em primeira mão (direita): NATCHOBOX!!! (Ouvem-se alguns aplausos provavelmente dum invisual ou de um analfabeto ou de um gajo que simplesmente nao tem ADSL em casa, muitos apupos e de repente uma chuva de tomates podres surge no ar talvez porque seja preciso os ter para se expor a vida assim de bandeja num blogue, eu vou tentar desvi... puft! puft! Too late! Volta Miguel Sousa Tavares estás perdoadíssimo!)
Confesso que também não quero ser o salvador do mundo porque para isso ja temos o Cláudio Ramos, a Linda Reis e George Bush. "E agora?" perguntam vocês: "-E agora?" Pois bem agora... Esta magnifica batedeira com vista para o mar (clap! clap! clap! - pois pois agora batem palmas né?).

Resumindo, porque o lixo literário é uma constante num pais de gente letradíssima mais uma pérola para a lixeira do Séc. XVIII.. XIX? Não? XX? Ah claro.. Séc. XXI.

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