quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sessão LGBT

Descobri um site que disponibiliza filmes de temática LGBT (mais gay… ok, gay apenas) e cujos filmes se encontram alojados no megaupload, que é como quem diz, um servidor de fácil acesso, que não tem que se esperar para fazer downloads consecutivos e claro, gratuito! Saquei vários e vi vários também mas os que mais gostei foram três. E no pódio encontram-se. Tacham:

3º Lugar – Summer Storm

O Summerstorm fala da história de dois amigos adolescentes alemães. Um deles, Tobi, (Robert Stadlober) vai descobrindo a sua homossexualidade e acaba por se apaixonar pelo seu melhor amigo, Achim, (Kostja Ullmann e sim, parece nome de espirro) que é hetero e tem namorada (a tensão sexual entre os dois logo no início do filme é arrasadoramente erótica, há inclusive uma cena de masturbação conjunta). A personagem principal também tem uma namorada, a Anke, que esta completamente apaixonada por ele mas, como era de prever, não é mútuo (quantas histórias não conhecemos assim?). Todos eles/as pertencem a uma equipa de canoagem e no dia da competição final vão ter que se defrontar com uma equipa de… gays, que por acaso, também possuem as suas desavenças (pois nada é um mar de… rosas!). O personagem principal fica então dividido, ao ponto de inventar mentiras atrás de mentiras e provocar desavenças em ambas as equipas.

A ironia metafórica das mentiras constantes em ambas as equipas e a própria designação de equipas para categorizar a identidade grupal do rapaz que se está a descobrir e precisa de uma equipa que lhe corresponda – heteros ou gays? - é genial! Claro, não podia faltar um homofóbico para tornar as coisas mais divertidas… Descoberta da homossexualidade, identidade, lugar de pertença e coming out são as grandes temáticas de um filme terno, bem conseguido e milimetricamente produzido. Moral da história: uma equipa, hetero/gay, só unida é que consegue vencer todos os obstáculos.



2º Lugar – Shelter



Salvo erro este filme ganhou alguns prémios… Não sei, sei que o Trevor Wright é um grande talento (e que talento! Vai merecer um poste especial mais tarde…)! O gajo é poderoso (infelizmente é hetero na vida real). Mas o filme não é só o Trevor: a história fala-nos do Zach (Trevor Wright), um rapaz de classe baixa, surfista e bonzão que, devido à irresponsabilidade da irmã, Jeanne (Tina Holmes), tem que cuidar do seu sobrinho, Cody (Jackson Wurth), um miúdo que vê no próprio tio o seu verdadeiro pai. Confuso, começa a descobrir a sua homossexualidade (onde é que já vi isto?) e apaixona-se por um amigo, Shaun (Brad Rowe), que de repente, regressa ao guetto para se restabelecer psicologicamente da sua última paixão não concretizada. Contudo a irmã não vê com bons olhos esta relação e decide afastar o seu filho do tio. O filme toca na ferida suave da questão da adopção por pessoas/casais homossexuais.

De referir, foca os gays afastados dos estereótipos e como rapazes “emancipadamente” masculinos (as vezes, até em exagero…). A história entre os dois, apesar de muito hierarquizada (homem mais velho/homem mais novo; homem rico/rapaz pobre), é uma história de amor afectuosa e que só nos enche de expectativas inconcretizáveis sobre o “príncipe encantado”. Nem nós gays estamos a salvo…



And the winner goes to…

…Save me! Não, é mesmo o nome do filme! Um dos protagonistas é o fofinho Ben (Robert Grant) do “Queer as Folk”. A história baseia-se num rapaz gay problemático, Mark, (Chad Allen), viciado em drogas, que é “internado” numa clínica cristã de reabilitação de drogas e de… homossexualidade (nota: o filme é norte-americano). A dona do centro, Gayle (GAYle, interpretada por Judith Light: bonito nome para uma “reconversora” de gays e que mais parece a Manuela Ferreira Leite, física e ideologicamente) é uma católica devota que vê nesse rapaz o filho gay que nunca conseguiu salvar e faz de tudo para o resguardar das chamas do Inferno (“E livrai-nos da tentação, ai MEN!”). O pior é que o moçoilo conhece um outro rapaz, o Scott (Robert Grant), que se apaixona por ele e, pelos vistos, é recíproco. Escusado será dizer que vai dar o fanico à invejosa dona do centro…

No final, vencerá o amor a Cristo ou o amor com “A” grande? (Não, não é o “A” de anal suas mentes porcas!). Um filme realista, poderoso e com grandes momentos apoteóticos, e que, mais uma vez, nos envolve, como diria o Eça de Queiróz, no “manto diáfano” do amor.

1 comentário:

João Roque disse...

Se estiveres interessado em teres mais sites desse tipo diz-me que eu envio-te os endereços.
Adicionei-te como amigo no Facebook.
Abraço.