sexta-feira, 4 de julho de 2008

Em nome do Pai


É inconcebível que os Governos pactuem com terroristas em determinado tipo de contextos mas olha-se para a Itália e para o Vaticano e percebe-se rapidamente que a FARC não passa dum grupo recreativo de foclore...

4 comentários:

Paulo Afonso disse...

Podes clarificar a referência a Itália e ao Vaticano quando comparas com as FARC? lol

Lobby Queer disse...

Claro. Tal como os governos muitas vezes apoiam financeiramente e não só secretamente grupos terroristas (neste caso, um governo de esquerda e um grupo terrorista com a mesma filiação política) outros Governos apoiam ideologias e convicções relativas ao espectro das crenças o que se torna ainda mais condenável porque não se traduz em aspectos reais na vida das pessoas como as reinvidicações de grupos terroristas por mais animalescas que elas sejam. O mesmo é dizer que num Estado de direito e democrático , o Governo (que se pretende imparcial) revela-se (ou não) parcial... E os privilégios da Igreja Católica tem que ter um limite à vista. Faça-se como na Noruega em que a Igrejas recebem o dinheiro dos impostos da população mas não interfere nos assuntos estatais. Mal por mal...

João Roque disse...

Partindo do princípio de que condeno em absoluto qualquer tipo de terrorismo, as FARC são-me totalmente inaceitáveis; mas não posso esquecer que estamos situados numa América Latina, nomeadamente numa Colômbia a "abarrotar" de problemas e...de droga!
Os grupos armados esquerdistas do século passado, em que a mítica figura de Che Guevara se destacou "já era"...
E é-me bastante dificil de compreender como neste caso de Ingrid Betencourt se conciliaram influências tão contraditórias como a de Hugo Chavez e Sarkozi... mas enfim a senhora está liberta e ainda bem e agora vêm à boca de cena alguns intérpretes a receber as flores...
O papel da Igreja (Vaticano) nisto tudo, sempre foi dúbio...
Conheces a expressão «ratos de sacristia» ????
Abraço.

Lobby Queer disse...

Claro. Basta ver o que fez a Igreja durante o regime fascista: absolutamente nada! Porque? Porque lhe convinha. Indiferença é uma forma de violência. Ou não fosse a Igreja por si, nos seus dogmas inabaláveis, uma autêntica demonstração de fascismo puro. Mas estar sempre a tocar na mesma tecla, a remexer sempre nas mesmas águas pode-se tornar altamente secante. O processo inevitavél duma sociedade civilizada é a laicidade. É tudo uma questão de tempo (e claro, condenar esses governos tão... imparciais!