terça-feira, 30 de março de 2010

Ricky Martin - He Bangs (ai bang bang...)


Pois, parece ser a notícia do dia (e muitos/as perguntam-se: mas isso é notícia?! As pessoas já não sabiam?!).

Uma coisa é haver uma forte suspeita (como há em relação ao Paulo Portas ou ao Herman José e afins e, por mais que seja uma suspeita muito muito muito forte, não passa disso: de uma suspeita). Sobre Ricky Martin, como homem bonito que é, sempre recaiu suspeitas de homossexualidade (seja por inveja de homens heterossexuais que pretendiam desqualifica-lo em relação a mulheres heterossexuais seja por gays ansiosos para o trazer às luzes da ribalta como ícone da comunidade). Motivos para as suspeitas? Ser um homenzão e não ter um relacionamento fixo com uma mulher (todas as tentativas acabaram por sair goradas após alguns meses), levar um homem diferente para o seu quarto, em cada tour, e pedir um quarto de casal (muitooo suspeito!) e ter filhos de uma forma não muito convencional (filhos de uma barriga de aluguer).

Ricky Martin, após declarações dúbias (daquelas que são quase semi-certezas) como "o meu coração pode pertencer tanto a um homem como uma mulher" e tanta especulação da comunicação social, decidiu finalmente assumir. Aleluia!

É fácil uma estrela latina de renome mundial (a América Latina é terrivelmente machista e patriarcal), com inúmeras fãs mulheres heterossexuais (que certamente não se importam muito com o facto porque se o tiverem que o violar violam...), assumir a sua homossexualidade? Não é. Nem é fácil, dizer após a assumpção, que se tem orgulho em ser-se gay (é fácil cair em homofobias internalizads). Por isso, o homem deste mês (desculpas ao Jason Lewis) é o Ricky Martin!

Já agora, a música She Bangs vai mudar de nome para He Bangs e em vez de "un pasito pa dante Maria" vai se cantar: "un pasito pa dante Manuel!" :)

Goldfrapp - Head First (2010)

É raro, muito raro, gostar de um álbum inteiro, sem uma única excepção nas faixas, à primeira audição. A última vez que me aconteceu foi com o “I Feel Cream” da Peaches (2009). Não que este “Head First” dos Goldfrapp tenha muito a ver com o o eletroclash da cantora canadiana (embora também não ande assim tão longe) mas porque são álbuns que entraram direitinhos para o meu mp3 e, ou muito me engano, o primeiro vai marcar o ano de 2010 (assim como o “I Feel Cream” marcou o de 2009).

Fazer um álbum inteirinho dedicado aos eighties, nesta altura do campeonato, parece chover no molhado ou, em bom português, falta de originalidade, mas uma banda que já tinha sido ( e têm sido) rotulada como uma das melhores bandas de electrónica do mundo e nunca tocar nos monstros sagrados da pop luminosa dos 80, parece ser insensato. E se não o fazem agora quando o farão novamente? Goldfrapp, que sempre tive em boa estima embora afastados do meu pedestal musical, ganharam um novo fã.

Reconheço todo o artifício e plasticidade do álbum (o que peca por, após algumas audições, cair no esquecimento, principalmente, quando nada nos traz de novo) mas tenho que reconhecer que não ter um álbum destes em casa é não apreciar música, mesmo que essa música seja um quase plágio repescado, contudo fresco, da década da bimbalhice sonora. Tenho (temos) que reconhecer que música pop é música de entreter e o duo Goldfrapp consegue faze-lo. Primeiro com a cabeça e depois com a música.

Faixa a faixa:

1 – Rocket




Electricamente inebriante, (muito à custa dos volts assertivos dos sintetizadores), beats retro (que parecem ter sido pedidos emprestados aos grandes hits da década de 80) e vocal sexy e onomatopaico (tem direito até a uma contagem decrescente à la Kylie Minogue). Este «rocket» parece ter ido mais longe que a lua e a sua alma pop com “P” grande pode fazer alguns estragos em certos tops mundiais (ok, europeus…). As pistas de dança flirtam com o “oh oh oh” do refrão e o corpo pede algum agito. O devaneio luminoso da canção faz lembrar “Physical” da Olivia New-John ou as melhores canções de Amanda Lear, ABBA ou Baltimora. Peca pelo clipe demasiado soturno para a música em questão e, por isso, descontextualizado.

Nota: 5

2 – Believer

Misturar Daft Punk com a ingenuidade de Madonna pode parecer complicado (e tanto que não é que, em 2000, o Music foi um sucesso da Rainha da Pop) mas «Believer» absorve toda aquela imagética minnie da Madge com loops radiosos Daft Punkianos. Canção audível mas enjoativa em alguns momentos.

Nota: 4

3 – Alive

Groove pop retirado directamente de uma narrativa qualquer sobre a ambição dos anos 80, teclados cintilantes que lembram Little Boots, acordes de piano e riffs de guitarra que parecem transportar-nos para um álbum de Scissors Sisters ou (na sua versão mais moderna) Mika. “Alive” é a cara chapada de um Flashdance e prova que os Goldfrapp estudaram bem a lição. O resultado? Uma canção descomplexada, fluroscente e sintética. A emancipação nunca foi tão bem cantada.

Nota: 5

4 – Dreaming

Uma programação electrónica, made in US, enredada na combinação de ambientação e cadência da New Wave europeia e os vocais numa tentativa de acompanhar uma batida up-tempo fazem desta canção uma obra-prima do álbum.

Nota: posso aumentar a escala para 100?

5 – Head First

A faixa-título do disco apoia os toques doces e nostálgicos do piano com as frequências FM sempre presentes. Dar uma espreitadela aos dourados anos 80 sem revisitar Bee Gees parece uma ofensa. E neste álbum, Goldfrapp esmeraram-se à séria.

Nota: 4

6 – Hunt

Teatral e lânguido. Mais uma vez, vénias a Kylie. A imagética é feminina, sempre: Aliston dá as cartas e a gente joga. Se houver uma junção perfeita entre o vintage 80 e a música ambiental, potencializada sobre um manancial de sussurros efeminados e sintetizadores retraídos, “Hunt” deve andar algures por aí.

Nota: 4

7 – Shiny And Warm

Agora é a vez do Glam. Vassalagem a Queen e a Bowie combinam com a canção que traz alguma contemporaneidade ao disco dos Goldfrapp e não anda muito longe do que eles fizeram ultimamente. A melodia a semi-voz faz-me lembrar a saudosa “Train” e a energia da canção dá para iluminar um quarteirão. Título perfeito!

Nota: 5

8 – I Wanna Life

Tal como “Alive” dava perfeitamente para ser a canção título do Flashdance ou do Fame e mostra-nos o quanto os Goldfrapp querem-nos impingir canções pop que se infiltrem na nossa cabeça. Venham elas!

Nota. 5

9 – Voicething

Basicamente é um instrumental a meias com os sussurros imperceptíveis e alienígenas de Alison. Parece ter caído de pára-quedas no álbum. Ode ao experimentalismo de “Feel Love” de Donna Summer? Inteligente! Mera canção para encher o saco quando não há letra? Ofensivo!
Nota: está dependente da intenção mas dou 2 porque, mesmo como instrumental, é fraco.

Nem tudo o que reluz é Rendimento Mínimo de Inserção

Conversa trivial sobre a vida, a política, a crise e a economia:

Pessoa x: - Essas pessoas, que vivem à custa do rendimento mínimo, deviam eram arranjar um trabalhinho para elas. Há por aí muita oferta de emprego para varrer ruas…

Eu: - As pessoas, usualmente, criticam aqueles que “vivem às custas” dos rendimentos mínimos mas não criticam aqueles que possuem reformas milionárias.

Pessoa x: - Mas aqueles que têm reformas milionárias lutaram para as ter. Merecem…

Bem, dito assim, é tudo muito giro. Mas façamos um trabalho de desconstrução sobre este pequeno excerto de diálogo (que aconteceu mesmo!) e que, diga-se de passagem, é muito comum ouvir-se, até em gente, digamos, “culta”.

• Em primeiro lugar, há, por parte da pessoa x, uma tendência para acreditar que as pessoas que “vivem à custa do rendimento mínimo”, de facto, não façam nada na vida, não procuram trabalho, sejam uma párias sociais, etc. Não lhe passa pela cabeça que as pessoas, DE FACTO, necessitem daquele dinheiro para gerir as suas vidas, ou temporariamente, ou de uma forma mais perene (com os seus limites, obviamente). E todos/as nós conhecemos gente que, DE FACTO, vive às custas desses rendimentos (que deveriam servir de suportes e passaportes para novos rumos profissionais) mas cuidado com as generalizações;

• Em segundo lugar, há uma tendência para colocar essas pessoas (tanto as pessoas que vivem às custas dos rendimentos mínimos - RMs – como aquelas que, de facto necessitam) num patamar profissional que seja desvalorizado sócio-profissionalmente ou até mesmo desacreditado. Não lhes ocorre (a esta pessoa x e a todas as outras pessoas x’s) que as pessoas que usufruam desses RMs tenham expectativas mais altas do que “varrer ruas”. Aliás, as pessoas x’s reconhecem que “varrer ruas” é tudo menos privilegiante e é precisamente esse reconhecimento e essa tendência para colocar as pessoas carenciadas numa categoria desprivilegiada, que impede a mobilidade social e as práticas emancipatórias. É pois parte de uma estratégia para manter os seus habitus de classe e assim o seu estatuto social mantém-se inalterável. Rich will be rich;

• Em terceiro lugar, eu não sei se as pessoas com reformas milionárias, de facto, lutaram para as ter. Está-se a fazer um juízo de valor. Eu não sei se houve alguma arbitrariedade para se conseguir essas reformas. Convenhamos: à medida que alguém vai acumulando capital, o seu status, reconhecimento e poder vão aumentando proporcionalmente à quantidade do seu capital. Ora, esse aumento exponencial de reconhecimento e poder traz consigo novas formas de arbitrariedade a que as pessoas socialmente/economicamente mais desfavorecidas não possuem. Por isso, não sei se podemos falar de justiça social como estaria patente no comentário da pessoa x e, portanto, não sei até que ponto os ganhos (materiais e simbólicos) das pessoas, tomadas como self-made men, foram obtidos de forma justa e merecida;

• Em quarto lugar, as pessoas que se candidatam ao RM são, invariavelmente, sujeitas a inúmeras burocracias que, muito provavelmente, as pessoas detentoras de reformas milionárias nunca serão pois o RM é um acto individual (que depois pode ser um usufruto colectivo ou não) de candidatura, de procura; a reforma é um sistema de garantia (quando há descontos, obviamente). A Segurança Social tem sistemas apertadíssimos de controlo a pessoas candidatas ao RM que não tem a quem faz descontos. Ponto;

• Em quinto lugar, as pessoas desfavorecidas, pelos mecanismos institucionais que mobilizam (no seu apoio), são, indirectamente, responsáveis por inúmeros postos de trabalhos. A elas, o seu mérito;

• Em sexto lugar, analisar as realidades, de cima, tem o péssimo defeito de se aferir as consequências e valorizar essas consequências em detrimento da base e dos seus contextos. Aí reside a diferença de como direita e esquerda encaram a igualdade. A direita procura uma escala igual para toda a gente e diz: agora esperem para seleccionar os melhores. Ela não pretende conhecer as causas, as razões, etc. Nada. Ela só quer saber dos resultados (as tais consequências). O seu diagnóstico é, à partida, justo (pois a escala é igual para todos/as) mas olhando de perto, ao negligenciar os backgrounds e os pontos de partida (e assim o reconhecimento das desigualdades) está-se a cometer a pior das atrocidades, em nome da equidade. A esquerda, pelo contrário, reconhece o desnivelamento dos pontos de partida e desconstrói para se chegar à complexidade das causas de diferenciação. A que reconhecimento chega? Chega-se à complexidade, à problematização constante e, assim, à compreensão. Dessa forma, procura-se adequar a escala avaliativa aos contextos e parâmetros de cada pessoa e/ou de cada família. Essa valorização da especificidade demorada (mas justa) não existe na universalidade imediata da direita (injusta). Tudo isto para dizer o quê? Será que existe uma facilidade das pessoas desfavorecidas (quando uso esse termo identitário, uso-o em termos socioeconómicos) em encontrar trabalho/emprego? Não serão já estigmatizadas, vítimas do estereótipo e sujeitas a esquemas pingue-pongue de profecias auto-realizadas? E dirão: Lirismo? Não, pertinência. Obtenção de “lucros” através do velhíssimo esquema da vitimização? Não, é a lei da sobrevivência no seu melhor, nem que se recorra ao chico-espertismo. Ora, não é esse o princípio da arbitrariedade das elites?

Portanto, atenção quando lançamos os nossos raciocínios em bruto, repletos de verdadinhas verdadeiras e falácias imediatas. Nem tudo o que reluz é ouro. Neste caso, Rendimento Mínimo de Inserção.

Já agora o euromilhões é uma questão de justiça ou injustiça social. Se é uma questão de justiça social (na medida em que os privados podem fazer o que quiserem com o dinheiro) porque é que são exactamente esses privados que exigem do Estado mais segurança e penalidade?! Fica a dúvida...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Esta Páscoa os ovos são só para alguns


Está decidido. Foi escolhido o candidato mais à direita (economicamente) do PSD e, verdade seja dita, o de melhor aparência. Estas coisas do capitalismo e da dolce vita dá nisto. PSD corre o sério risco de intensificar o ataque da esquerda às políticas de direita ao personificar, partidariamente, o pesadelo neoliberal das privatizações desenfreadas e o estado "mínimo" (este "mínino" sempre me preocupou - pela pseudo-tolerância contida nele e também pela indefinição do termo) da educação e da saúde. Sim, era mesmo o que precisamos depois de uma crise provocada pela megalomanias dos bolsistas e da sua ambição "euristica", um presidente de um partido que idolatra o poder e cuja intenção é a formação de uma sociedade classista (vulgo, feudal).


Este Páscoa, o Coelho só vai oferece ovinhos a alguns/mas.

Frase da semana

«A confiança é um acto de fé, e esta dispensa raciocínio»

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 24 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Cada macaco no seu galho


2. Em segundo lugar, deve ser dito que a pederastia (ou a pedofilia como se convencionou dizer hoje) é uma afectação e um comportamento de origem estranha, que compete às ciências humanas iluminar. À ética compete dizer que esse comportamento não tem que ver directamente nem com a heterossexuali-dade nem mesmo com a homossexualidade. É algo diferente, claramente patológico, a nosso ver. Por isso, a ocorrência do abuso de crianças não tem que ver com a questão do celibato do clero católico. É necessário distinguir isto muito bem. Aliás, a grande maioria dos casos de abuso de crianças é cometido por pessoas que não têm vida celibatária por motivos religiosos. Às vezes são pais de família. Perante estes, a cultura comum não sente o mesmo efeito de escândalo que sente diante dos clérigos. Por isso, não seria de fazer uma ligação directa entre estes factos. Quanto à homossexualidade, é justo reconhecer que haveria que explicar o facto de a maioria dos abusos ocorrer entre adultos e crianças do mesmo sexo, no caso, do sexo masculino. Deixamos isso, igualmente, a quem tiver maior competência.

A ICAR não tem emenda. A sua obsessão em misturar duas realidades diferentes numa mesma amálgama psico-sexual é, de facto, patológica. As contradições, as mentiras infundadas disfarçadas de verdade sobre a aura de uma cientificidade e generalizações grosseiras.

1. O excerto de texto é tudo menos cientifíco. Porquê? Qual a metodologia? Citações? Estudos? Nenhuns;

2. O/a autor/a do texto não quer dizer se a homossexualidade se encaixa ou não numa dimensão patólogica. Em primeiro lugar, não teria dados cientifícos para o fazer e, mesmo que tivesse entra numa contradição enorme pois quando refere as "(...) outras preversões (...)" não descarta a homossexualidade das mesmas;

3. A maior contradição de todas: refere que a pedofilia nada tem a ver com homossexualidade mas, no final do texto, refere que a pedofilia mais frequente é a da cariz homossexual. Em primeiro lugar, É JUSTO perguntar-se: dados? Em segundo lugar (e aqui é flagrante), refere que, passo a citar: «(...) a grande maioria dos casos de abuso de crianças é cometido por pessoas que não têm vida celibatária por motivos religiosos. Às vezes são pais de família (...)». Isto é, a maior parte dos casos pedófilos são de índole heterossexual. Em que é que ficamos?! É o que dá a ICAR a tentar brincar aos psicólogos. Não resiste à tentação do poder triangular "Igreja-Medicina-Ciência". Não desiste de lutar contra a laicidade do Estado e do Saber;

4. Pederastia é DIFERENTE de pedofilia;

5. A tentativa de descartar a pedofilia dos padres é evidente. Nem que, para isso, se tenha que admitir que a pedofilia de cariz heterossexual e, intra-familiar, seja, deveras, muito frequente (correcção: a mais frequente)


Diz o padre Jorge: "Deixamos isso, igualmente, a quem tiver maior competência.". Algo em que estamos totalmente de acordo. Nem a ICAR nem o padre Jorge têm competência.

PECar é humano


... Mas apoiar políticas que aumentam a dependência dos desempregados a empresas que desconhecem por completo conceitos como justiça social (saúde pública?) e que, em nome da flexibilidade, contribuem para o aumento exponencial do desemprego e da precariedade é desumano. E mesmo com medidas que, à primeira vista, parecem ser as mais correctas, falha redondamente na medida em que restringe as possibilidades de emancipação das pessoas. Liberdade de escolha profissional não? "Fidalguismo"? Talvez mas o mundo é feito disso. Que diga Pedro Bidarra.

Uma pica dói mas não mata


Custa-me a acreditar que haja alguém que, gozando de determinados privilégios (neste caso, de acesso a serviços básicos como a saúde), pretende tirar ou, pelo menos, opôr-se a que esses cuidados sejam massificados para mais pessoas. Os republicanos diferem quase que radicalmente da direita europeia. Até o Portas admitiu que com a saúde não se brinca...

Éticas

Questão ética: imaginemos que estão a fazer um trabalho de investigação e que o método utilizado é uma entrevista. Imaginem que nessa entrevista, o/a entrevistado/a confessa que já foi vítima de violência doméstica (crime público). Dessa forma, a ética profissional deve superar a ética pessoal?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Jason Lewis
















No Dia do Pai (e na ausência de um, coerente e que saiba ser pai com "P" grande) o meu sonho de pai: Jason Lewis!



quinta-feira, 18 de março de 2010

70 million - Hold Your Horses



Na minha single opinião, o clipe mais original de todos os tempos!

Bichas não, pedófilos sim

«A guerra contra a homossexualidade movida pela Igreja Católica sempre foi - utilizemos o mesmo raciocínio que Zizek usa para a instituição militar - uma deslocação da estrutura homossexual das suas hierarquias e práticas» in Solstício

Long Clothing






As roupas largonas (nomeadamente as t-shirts) vieram para ficar (assim como os casacos de ganga - blurg! -, as camisas de flanela, o verde e o lilás). Este site é uma inspiração para quem gosta de t-shirts retro largonas. Prepare-se para ficar viciado/a! Eu já estou...

Vale tudo


A TVI, tal como a direita portuguesa, não tem emenda. Quando enveredam pelo estratagema dos argumentos apocalípticos que ronçam o ridículo entram no mesmo relativismo que condenam.
Chego a casa ontem e o que ouço na TVI? Uma noticia (ou wannabe de noticia) sobre o facto (facto?) de a sida (sida ou HIV/sida?) estar a aumentar em Portugal. E de quem é a culpa? De quem? Das relações sexuais sem preservativo? Nãoooo! Das relações homossexuais!!! Meu dEUS! O que será que as relações homossexuais terão para haver uma maior probabilidade de contrair o HIV... esperem, esperem... o que está em causa nem se quer é a infecção mas sim o estado de sida... reformulando: o que terão as relações homossexuais para haver uma maior probabilidade de estado de sida? Maior predominância de sexo anal neste tipo de relações? Não sei... Se tivermos em conta que a maior parte dos estudos provam que existem outras formas de se obter o orgasmo entre dois homens (tão pouca originalidade no imaginário homofóbico) e que entre heterossexuais existe uma maior probabilidade de sexo anal (até porque os heterossexuais são mais), então o argumento cai por terra...


É giro ver a direita desesperada com a evidente promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele é sida, ele é acusações de pedofilia. Eles adoram mobilizar as massas conservadoras! Racionalidade? Não muitas; é o vale-tudo da direita.



terça-feira, 16 de março de 2010

Quem é que não gosta destas coisas?

«Revisão da fórmula de fixação do valor das propinas, indexando-o ao valor do salário mínimo nacional; idealmente, defesa da gratuitidade de frequência.» Medida proposta pelo BE para o Ensino Superior, Revista Aula Magna, Outubro de 2009

segunda-feira, 15 de março de 2010

Frase da semana


«Só uma coisa torna o sonho ímpossivel: o medo de não tentar» Paulo Coelho

It's ideology, stupid

Cavaco não se pronunciou muito sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Há coisas mais importantes. Certo.

Cavaco não se manifestou explicitamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um Presidente não pode ser escancaradamente homofóbico. Certo.

Cavaco não apoiou o referendo. Não se pode interferir em programas eleitorais, particularmente de partidos da nossa oposição ideólógica (mas é claro que o PR não tem ideologia...). Certo.

Cavaco não exerceu veto político. Demasiada interferência. Certo.

Cavaco não apoiou a manifestação de dia 20 de Fevereiro. Idem. Certo.

Cavaco não pôde deixar de tentar agradar ao seu público ideológico. Previsível...


PSD - Partido Sem Democracia

sábado, 13 de março de 2010

não há chave que abra essa PORTA do armário


Senador Republicano nos EUA, acérrimo adversário dos direitos gays, assume a sua homossexualidade.

Isto continua a ser notícia? O clássico exemplo da homofobia internalizada. Para quando o Portas?

Os perigos do bullying aos agressores


Opinião de leigo e, (espera-se), futuro mediador sócio-pedagógico:

Eu sei que vou ser acusado de lirismo se rejeitar o velhíssimo esquema de “erro-castigo” para punir os agressores do rapaz que se suicidou em Mirandela, contudo, será, de facto, essa uma solução viável? Atenção, não estou a dizer que deva haver punição: um erro deve ser invariavelmente interpretado, na óptica simbólica, de algo que é mau mas essa punição (prefiro, nestes termos, chamar-lhe orientação), isoladamente, surtirá, futuramente, o pretendido (isto é, a internalização da fuga ao erro)? Não me parece. A punição, como algo desprendido, nunca surtirá efeito se não for acompanhada de mecanismos que amparem e previnam situações idênticas no futuro (psicólogos/as, assistentes sociais, etc). Aqueles rapazes que, certamente, viram nas agressões que efectuaram um sinónimo de escoamento para múltiplas frustrações (conflitos familiares, afectivo-sexuais, relacionais, económicos, etc), vão, possivelmente, ser vítimas de estigma na escola e na comunidade e as suas frustrações, “justificação” para a violência que praticavam, vão se tornar mais óbvias e aí sim, justificadas. Devemos (nós, sociedade, e comunidade educativa), na minha perspectiva, acompanhar estes/as jovens, não no sentido pacóvio da coisa, como se fossemos substitutos de um diva freudiano, mas numa perspectiva de tentar perceber e, antes de explicar, compreender, o que originou este processo? Até que ponto foi algo pontual ou não? Será repetido? Se sim, o que fazer para o evitar? Pensar na repressão, em termos de castigo impiedoso, destes jovens como uma estratégia eficaz é, antes de mais, cair no mesmo erro; depois, é negligenciar os processos que lhe deram origem e, por último, é amplificar o estigma a que estão sujeitos/as e que, possivelmente desencadeou esta violência.
Outra consideração: alguém duvida que o bullying quando efectuado entre rapazes possui sempre dinâmicas de homofobia? A homossexualidade masculina e, principalmente, a expressão queer, anti-heteronormativa, é o bode expiatório da ausência de masculinidade dos homens, nem que seja de forma simbólica. Independentemente de as vitimas serem, de facto, gays ou não. Será este bullying uma manifestação de homofobia? Em caso positivo, os intervenientes educativos e outros e a comunicação social não vai prestar muita atenção.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lady GaGa - Telephone

Depois de muita espera, ei-lo. Lady GaGa a flirtar novamente com o look girl riiiiot (que mais parece Madonna na fase Who's That Girl) roçando o universo butch. O frenético hit electro-pop "Telephone" parece ser uma continuação de "Paparazzi", tem ecos do filme "Chicago" e promete uma continuação. Lady GaGa a ícone pop mundial JÁ!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tim Burton no país das expectativas quebradas



Fraco, muito fraco. Pensei que iria assistir a uma obra-prima de Tim Burton e assisti a um filme plastificado, fugaz e apressado. A história mítica de “Alice no País das Maravilhas”, elevado a ícone máximo do pop literário de Lewis Carol, merecia melhor. Tim Burton repete fórmulas: têm John Deep como paladino orientador da personagem principal, no papel de Chapeleiro Louco; têm ambientes surreais e obscuros (ou não fosse a história um misto de surrealismo, darwinismo e metáforas para a crise da adolescência) mas falta-lhe coerência: onde está o cara de Ovo? Onde está o protagonismo do coelho branco? Apogeus? Nem sequer a luta entre o dinossauro voador e Alice foi minimamente entusiasmante. Conclusão: demasiada animação 3D, muito enlevo na imagem e pouco sumo argumentativo.

Qual é a semelhança entre um corvo e uma secretária? Não sei mas sei quais são as diferenças entre um bom filme e este.

Atelier


Atelier - Não há nome mais indicado para um café LGBT (até rimou...). Bem, falando do dito cujo: é pequeno, têm ar de boteco, é metálico (em demasia) e está recheado de bichas teen com ânsia de estrelato. É o sucessor do CNP. À noite torna-se mais calmo mas o consumo passa a ser de 2€ (2€ por um café?! - à Sexta e ao Sábado são 2,5€...). Coisas boas? Têm wireless à borliu, têm um empregado, na maior parte das vezes, simpático (o Luís) e que, de vez em quando, faz show. Coisas más? O ambiente, a cientela e o café que é intragável (mas que remédio: toma-se). Ou seja, tudo o que é essencial numa cafeteria. A localização também é guetizante, embora seja propícia se quisermos ir ao boys pois fica mesmo à frente.

Nota: 2 (Ok, 3 pelo wireless)

terça-feira, 9 de março de 2010

Mulheres e Homens são diferentes (a começar no salário)

Convém relembrar o Dia Internacional da Mulher (Internacional? Tipo quê? Mundo Arábe?)

eu não acredito em bruxas mas que elas há, há parte II

Tenho poderes mágicos? Provavelmente...

Frase da semana


"A ambição universal dos homens é viver colhendo o que nunca plantaram." ( Adam Smith )

sábado, 6 de março de 2010

Morreram 10 milhões de portugueses por ignorância (tragédia nacional)

Aconteceu em ECD (Educação, Cooperação e Desenvolvimento). A professora Alexandra Sá Costa expôs algo pertinente: se repararem, quando existe uma notícia sobre uma tragédia fatal (ex. Madeira, Haiti, etc), umas das exclamações sempre presentes é relativa à presença ou ausência de portugueses/as na catástrofe. “Morreram 10 portugueses numa derrocada de Pedra na Serra Leoa”, ai meu deus, o mundo vai acabar; “não há portugueses entre os destroços do avião que se despenhou na Mongólia”, ufa, podemos respirar de alívio. Outro exemplo: o caso da gripe A: se o foco da epidemia é no México, “oh, está longe!”; mas se a gripe alastra até à Espanha, “Vamos accionar um alerta mundial!!!”

Ora, é nestas pequenas coisas que se nota o nosso nacionalismo bacoco e flagrante. Apenas uma informação para tranquilizar ou alertar os familiares, diriam alguns/algumas. Não sei se será assim tão eficaz visto que, independentemente de tudo, os familiares irão querer saber algo mais. Na minha opinião, é puro nacionalismo. Os portugueses interessam, o resto que se lixe.
Olhar para o nosso umbigo é um vício terrível. Na categoria de homens, heterossexuais, brancos, ricos, ocidentais, portugueses torna-se ainda pior pela historicidade de poder e estatuto que lhes está inerente. Se trocássemos a categoria identitária particular da nacionalidade pela categoria universal de pessoas (ou, em última instância, seres vivos) não cairíamos no erro brutal da estereotipia e qualquer vida humana salva, numa tragédia, valeria a pena.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Privado de Educação




De quem é a culpa? De quem é a culpa? Dos rankings. E eu bem sei que não são os únicos culpados mas tem um grande peso de culpa no cartório. Perante as listagens amorfas dos rankings, os olhos dos pais e mães dos/as meninos/as só acedem ao campo de visão que lhes permite vislumbrar o pódio campeão. Ora, por questões de desigualdade socioeconómica gravíssimas, os primeiros lugares são, invariavelmente, ocupados por privadas, onde uma nota de 20 euros conta mais que meia dúzia de neurónios.

A notar: os rankings são meros estatísticos. Não servem como indicador viável das realidades. Que critérios obedecem aquelas escolas para estarem nos lugares cimeiros? Que múltiplas leituras se podem fazer das escolas não tão favorecidas? Que apoios têm uma e outra? É preciso haver, mais do que trabalho quantitativo que nada nos diz, um trabalho interpretativo. Muitos progenitores preocupados com uma boa educação para os seus filhos colocam-nos nas privadas onde os professores têm um medo simbólico dos alunos (imaginem o que é pagar – e não é pouco – a um professor e descobrir que o seu filho tirou um 2?) e onde noções como cidadania e justiça social ficaram no armário.

Por outro lado, que investimento as escolas no fundo do ranking possuem? Se não tem investimento poucas são as práticas emancipatórias a que se propõem. Mobilidade social nem vê-la. Ora, um Estado decente é aquele que, antes de mais, financia as suas escolas e não patrocina escolas que estão fora do seu âmbito. Não obedece a lobbies nem a mimos.

Democracia? Democracia é não usar os mesmos referenciais homogeneizadores para avaliar escolas com profundas desigualdades económicas e escolas que funcionam como autênticos “paraísos pedagógicos”. Democracia é erradicar com a lógica da perpetuação da desigualdade através de estruturas e dispositivos que visam a reprodução continua da não-mobilidade. Como argumentar democraticamente contra a democracia? Justiça? Não, é uma falácia. Justiça é usar diferentes critérios para panoramas diferentes com o objectivo de uma igualdade simbólica (ou mesmo concretizada) onde o valor de uns não seja o desvalor de outros.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Playlist de Março

Playlist do mês passado:


1-Talking Heads - Psycho Killer
2-Legendary Tiger Man ft. Maria de Mendeiros - These boots are made for walking
3-Leona Lewis - Outta My Head
4-Michel Buble - Cry Me A River
5-The Alice Band - Don't Fear The Reaper (Blue Osyster Cult Cover)
6-Telephoned - Pop Champagne
7-Erasure - Take A Chance On Me (ABBA Cover)
8-CSS - Move (Cut Copy Remix)
9-Metallica - Enter Sandman
10-Rihanna - Russian Roulette



Paylist de Março



Sabrina Washington - OMG (Oh My Gosh)







Sabrina mostra no seu 1º single aquilo que é: uma tentativa electro-pop de resposta a Lady GaGa com a mesma energia e negritude que uma Kelis, ou melhor das hipóteses, uma Beyoncé. "OMG" é um acróstico de "Oh My Gosh" (expressão, hoje em dia, muito utilizada pelos teens). Conseguiu? A música é um torpedo, cola na cabeça como uma pastilha elástica pegajosa (como se quer o pop actual), incita as ancas a projectarem movimentos quebrados e satisfaz a nossa ânsia de hits e videoclipes charmosos, minimalistas e bem produzidos. Fútil, é verdade, mas a pop é assim mesmo: love it or leave it. E desta nós gostamos. Até o sabor da pastilha acabar...

Phoenix - Lisztomania







Ninguém pode acusar os donos de "If I ever feel better" de falta originalidade e versatilidade.

Freemasons ft. Sophie Ellis-Bextor - Heartbreak (make me a dancer)







O mundo da pop é uma troca. Tal facto é comprovado nos duetos, mais ou menos, surreais, evidentes ou banais que, de vez em quando, surgem no panorama musical. Juntar Freemasons e Sophie Ellis-Bextor não parece ser surreal (uns dominam a house actual, a outra é uma diva das discotecas britânicas), evidente (evidente é juntar Madonna e Britney ou Lara Fabian e Celine Dion) ou banal ("Heartbreak" não é apenas um hit house, é O hit house). Nesta troca todos saem a ganhar: Freemasons dão continuidade ao seu projecto mainstream que tinha começado algures em Kylie Minogue (não fosse "Heartbreak" a "The One" da Sophie), SEB ganha um novo hit no currículo. Quem lucra? Nós. Uma canção de título inteligente em modo repeat para ouvir a caminho da disco.

David Guetta ft. Kid Cudi - Memories







E a estratégia actual de acasalar o house europeu (mais concretamente o french-house) com a black music norte-americana parece continuar e a surtir cada vez melhores resultados. Guetta sabe-o e não hesitou. Desta feita, calhou ao giraço Kid Cudi, o menino revelação da música made in US, pau para toda a obra. O resultado é uma canção contagiante, de voz marota e beats guettianos sem pudor nenhum em ficarem na memória de quem a ouve. Ou não se chamasse "memories"...

Sade - Hang on to your love







Charmosa e quente são os adjectivos imediatos quando ouvimos esta canção. De repente, estamos num casino, com um Cosmo na mão. Um olhar flirtante. Um vestido longo e escuro. Um coração acanhado mas sedento. Sade canta a dor de amor mas soa a luxúria. Olha para a gente importada!


Sam Sparro - American Boy (Estelle ft. Kanye West Cover) (Radio 1 Live Lounge)









Sam Sparro já foi comparado um Prince do século XXI. A sua preferência pelo electro-funk e o seu aspecto young promisse torna-o num ícone pop (ou num potencial ícone pop) incontornável, particularmente nos EUA. Gay assumido e supra-talentoso não faz a coisa por menos e este cover de American Boy, carro de batalha da black music de 2008, é a confirmação explícita que Sam Sparro poderia ser grande. A canção? Soft, charmosa, urbana e inteligente.



Gorillaz - Stylo






Videos tu.tv
Funk, funk, funk. Gorillaz não têm mesmo remédio. Funk-se!

Gramophonedzie - Why don't you








Não, não fiquem muito surpreendidos/as se, por acaso, a estética jazz-clubber 60 invadir as pistas de dança actuais e se sentir tentado a dançar a "why don't you". Não sinta complexos de culpa. Deixe-se levar. É o retro power a entrar, definitivamente, no seu estado mais primitivo.


Roxette - The Look






Roxette - The Look
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As preocupações constantes com o consumo, a imagem, a aparência, apesar de não ser da responsabilidade exclusiva dos anos 80/90, tiveram o seu ínicio lá. Tal como os Roxette. Pensava-se que, depois dos ABBA, nenhuma banda vinda dos fundos frios europeus, conseguiria chegar aos topes mundiais. Roxette é a excepção e eleveram a preocupação com a imagética a um nível superior. O Lusitano agradece. "The Look" é um aquecimento para as Cassetes esta sexta.


David Fonseca - A Cry 4 Love





Da Colúmbia veio a Shakira. Da Espanha David Bisbal. Da França Air. Do Sri Lanka MIA. CSS do Brasil. E a lista poderia continuar. Que têm estes artistas em comum? Todos/as eles/as vieram de países que fogem à fórmula de sucesso de padrão anglo-saxónico. David Fonseca poderia entrar na lista em nome de Portugal mas Portugal será sempre aquele pedacinho de terra, preso a Espanha, e o seu nome será sempre Condado Portucalense. Invariavelmente. Mas essa incapacidade em ver mais longe não retira a DF todo o mérito. Até a produção do clipe, por mais minimalista que seja, mostra como a evolução é a característica-base de qualquer artista que queira conquistar os topes mundiais. Sem xenofobias!

Pope in Rio


Pois é, este é o altar do Papa para quando vier cá em Maio professar atrocidades contra o aborto (como se adiantasse de alguma coisa), contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo (esse atentado gravíssimo à dignidade de muitos padres pedófilos) e, quem sabe, contra o uso do preservativo (principal causa de morte em África).

O mesmo homem que critica o poder e a ambição, afinal, é o mesmo que usa sapatos da Prada (a bicha pode!!!) e que pede para a CML pagar o altar, que tem aspecto de tudo menos de ser baratinho, com o dinheiro de muitos e muitas lisboetas, não-católicos/as, testemunhas de Jeová, muçulmanos/as, ateus, não-praticantes, etc. De facto, como homem (ou melhor, ser humano), o Papa peca muito.

Irónico ver que, perante a crítica do CDS-PP à falta de apoio da CML (e sim, coloquei um link de uma notícia do site da Renascença, blurg), já ninguém reclama dos cartazes da ILGA. Vinagre nos olhos dos outros. De caminho, metem o altar no Parque da Bela Vista. Pope-in-Rio, Pope in Rio...

Mundo fora dos eixos


A NASA confirma, cientistas alemães negam; consta que o eixo de rotação foi desviado por causa do sismo do Chile que atingiu a magnitude de 8,8 na escala de Richter (para quem não sabe, essa magnitude, apesar de não ser a máxima - 10 - é demasiado intensa pois é raro algum sismo chegar a esse patamar). Só para se ter uma noção, o famoso terremoto de 1755 em Lisboa fez tremer igrejas em Santa Maria da Feira.


Seja como for, é Chile, é Madeira, é Haiti, é crise económica, é crise ecológica, o mundo anda definitivamente fora dos eixos...

Ai que nevos!


Eu bem sei que a medicina, como qualquer outra ciência ou área disciplinar, não detêm toda a verdade absoluta e bem sei que, por ser constituída por seres humanos, existem fortes probabilidades de falhar. Contudo, não distinguir um nevo de um angioma, apesar de ambas as maleitas serem parecidas, parece-me um pouco substimável tendo em conta que o doente (neste caso, eu) estava ansioso (ou devo dizer aterrorizado?) com a possibilidade de ter cancro de pele.


Diz a médica: "não se ponha a ver coisas na net!". Pois, ninguém gosta de ser posto/a em causa...

segunda-feira, 1 de março de 2010

eu não acredito em bruxas mas que elas há, há

O meu trabalho de investigação no âmbito da unidade curricular de Métodos de Investigação em Educação (com laboratório de análise qualitativa) será sobre bullying homofóbico.

E não é que, de repente, encontro esta notícia?

Frase da semana


«Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama» Miguel Cervantes