segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Negociação Absoluta


Pois é. O PS ganhou as legislativas mas não sabe muito bem se vai que comemorar ou deitar as mãos à cabeça. Para comemorar não sobram motivos ao Portas e ao CDS - PP, que graças à sua demogagia de direita conseguiu conquistar eleitorado rural e jovem. O PSD terá que rever as suas políticas (ou a sua líder, não sei...), o BE pautou-se pela arrogância e a CDU não teve muito sucesso de vingar, a não ser, claro está, nas àreas rurais sulistas. Umas legislativas onde o mito do "Centrão" é deitado por terra e temos a abstenção mais alta de sempre.


Com um PS fragilizado e um crescimento da direita (ou pelo menos, um enfraquecimento da esquerda) não sei se teremos casamento...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Novo Fascismo


Ha por ai um novo partido (alias, eles nascem como cogumelos) que intitula a esquerda de totalitaria e a direita de inoperante, proclama os tradicionais valores da familia e declara uma guerra a violencia e a criminalidade. Auto-intitulam-se de "Nova Democracia" (LOOOOOOOOOL)

Ou seja, novo nazismo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Taking Woodstock

Vou ver! É do Ang Lee e tem gays... É o que dá os movimentos de contra-cultura dos anos 60, os movimentos hippies e pacifistas e a revolução sexual de 69 (bendita data!)...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Explicações

Desculpem não dar muita atenção ao blogue mas o meu pc pifou e estou super ocupado a resolver a minha situação na secretaria da Faculdade (para variar...). Sorry!

TG e Vê


Estas eleições são para se decidir ou entre Sócrates ou a outra senhora. Literalmente...

Berluscona


Confirma-se a minha teoria de que os conservadores politícos são todos (eu tenho plena consciência da generalização) uns falsos moralistas!

Frase da Semana


"Se começássemos a dizer claramente que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia e uma mentira, talvez pudéssemos nos entender melhor." José Saramago

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Manela, manelinha

Alguém tem uma réplica da imagem do novo cartaz da JS a ironizar com a celébre frase de Manuela Ferreira Leite: "A familía tem como objectivo a procriação"?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Zombies?


"(...) ou pessoas que morreram mal" Prof. Helena Costa Araújo


Morreu este bonzão!


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

VMA's 2009

Eu sei. Faltar à primeiríssima aula do novo ano lectivo 2009/2010 é um golpe baixo para todo o sistema educativo português mas eu tenho uma justificação: VMA’s 2009.

Sim, foi um grande espectáculo. A começar pelo facto de Pink ter trazido um vestido exactamente igual ao de Shakira. Adiante.

Para surpresa de muito/as, é Madonna que reabre a gala com um discurso claramente emocionado (ela, pelo menos, tentou chorar!) sobre a morte de Michael Jackson. Um momento simbólico num discurso que se pautou pela demora. “Long Live The King!” grita no final a Rainha.


A outra grande surpresa (apesar de já se saber) da noite foi a homenagem que Janet Jackson fez ao irmão. Ainda se ponderou a hipótese de um dueto entre Janet e Madonna. Previsível, mas arrepiante: um medley com “Thriller”, “Beat It” e “Smooth Criminal”. Na cena final, em “Scream” aparece Janet num cenário espacial a dançar vigorosamente. “Stop the pression on me” repete, em jeito de aviso. O grande momento da noite, uma noite que se revelou inofensiva.



Logo na primeira atribuição dos prémios, a polémica. Uma Taylor Swift, inocente e visivelmente emocionada, ganha o premio para melhor vídeo e é interpelada por Kanye West, que entra em palco, rouba o momento à miúda de 16 anos, gritando que o prémio deveria ter sido para Beyonce. Rude, mal-educado e estúpido! KW já revelou ter mau perder em muitas situações…
Quando Beyonce ganhou a sua primeira estatueta dos mooman, pediu a Taylor para entrar e brilhar no seu renovado momento. Uma atitude magnificamente louvável.

O rock ficou a cargo de Green Day (vencedores!) e Muse, com a apresentação do novíssimo trabalho.

Se houvesse um premio para a excentricidade ganhava Lady GaGa. Depois dos beijinhos ao sapo Cocas, no primeiro vestido parece que teve um acidente de viação e ficou empanada. A sua actuação é que conseguiu dar a volta por cima. Num modelito branco, mais concretamente um bodie, brilhou, cantando o seu mais recente sucesso “Paparazzi”. O cenário podia muito ter sido retirado dum quadro renascentista e provavelmente se inspirou em “Vogue” de Madonna nos VMA de 1990. O apogeu da actuação é, quando no final, o seu corpo fica completamente em sangue. Há qualquer coisa de Fantasma da Opera com tanto aparato da drama queen. Destaque para o agradecimento que fez aos gays quando recebeu o premio. Há que garantir público e com a actuação mirabolante conquistou mais ainda.



Outra actuação exuberante foi de Pink, adepta fervorosa e assumida das artes circenses, que apesar de pendurada resistiu à tentação de fazer playback. Cantou e encantou!

A grande ausência foi de Britney. Aguardamos a aparição surpresa da Fénix renascida mas ela devia ter voado para longe. Apesar disso, gravou um vídeo a agradecer os prémios.

Conclusão: os grandes vencedores foram: Lady GaGa, Beyonce e Green Day, todos com três estatuetas.

Sábados de Verão

O lusitano esta cada vez mais bem frequentado. Gosto!



Foto: Eu no jardim da Cordoaria com um balde de cerveja na mão... Nasty!

Madonna - Celebration

Celebration de Madonna



Para comemorar os 25 anos de carreira, o primeiro avanço da sua terceira colectânea de sucessos que será lançada em Setembro. Puramente house (aliás, produzida por Paul Oakenfold, não se poderia esperar outra coisa) e com a mesma energia de um “Holiday” ou de um “Everybody”. Rei morto, Rainha posta!

Papá Elton


Elton John vai adoptar uma criança com o seu companheiro, David Furnish. O felizardo é um menino ucraniano seropositivo.


Esta coisa de se adoptarem crianças de várias nacionalidades parece que virou mesmo moda.


Acho que vou adoptar um emo.

Submarinos e comentários irreflectidos


Portas referiu que no debate entre MFL e Sócrates, ambos esqueceram temas importantes como, por exemplo, a agricultura.


Pensei, por momentos, que se esqueceram de propor à sociedade portuguesa a compra de mais um submarino…


Tudo para o bem da agricultura, claro!

Frase da Semana


"Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã." Janis Joplin

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

EU - Gays In, Lituânia Out


Estamos no séc. XXI?

Asfixia democratica?


Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és, Manuelinha.

Onde estava você no dia 11 de Setembro?

Eu estava mesmo a chegar a casa depois de uma manhã intensa de escola. Tinha 14 anos e era um puto problemático. Vivia com a minha mãe e com o meu padrasto na casa do último e sentei-me a ver o Telejornal, alertado pela minha mãe que uma das World Trade Center estava a arder. Pensei, aliás como a minha mãe, que seria um incêndio banal e dessa forma, nada de propriamente extraordinário, até que vi em directo o segundo avião a voar direitinho a uma das torres. Entrei em colapso. Só podia ser uma brincadeira ou um filme. Ou seria dia 1 de Abril?
O país mais seguro do mundo (na minha concepção inocente de criança fascinada pelo imperialismo norte-americano) a arder no seu âmago. O mundo nunca mais seria o mesmo.


Lua

Retirado integralmente do poste do Poney:


Vamos mover mundos e fundos para encontrar a LUA! É a cadela da Mafalda, que já não é nada novinha e precisa de atenção e do conforto da sua casa. Desapareceu hoje de manhã perto da Casa de Saúde da Boavista. Quem tiver alguma pista por favor entre em contacto connosco.


PROCURA-SE
Cadela raçada de Pastor Alemão
Data de Desaparecimento: Domingo, 6 de Setembro de 2009
Local: Rua Pedro Hispano - Ramalde, Porto
Nome: Lua / Fêmea Sénior / Porte Médio / Pêlo Branco
A Lua é raçada de Pastor Alemão, mas totalmente branca. Tem cataratas, o que lhe dá uma
tonalidade verde-baço aos olhos, e está com feridas na ponta das orelhas e nas patas traseiras. Se a vir ou souber de alguma informação sobre o seu paradeiro, por favor, contacte o número abaixo.
Informações actualizadas em: http://www.encontra-me.org/anuncio/7423
Contacto: 938028313 / muflyn@graffiti.net

Educação Sexual - Formação a formadores é essencial

Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto

Estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º
Objecto e âmbito
1 — A presente lei estabelece a aplicação da educação sexual nos estabelecimentos do ensino básico e do ensino secundário.
2 — A presente lei aplica-se a todos os estabelecimentos da rede pública, bem como aos estabelecimentos da rede privada e cooperativa com contrato de associação, de todo o território nacional.

Artigo 2.º
Finalidades
Constituem finalidades da educação sexual:
a) A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas no desenvolvimento individual, respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa;
b) O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas informadas e seguras no campo da sexualidade;
c) A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens;
d) A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco, tais como a gravidez não desejada e as infecções sexualmente transmissíveis;
e) A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de abuso sexuais;
f) O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
g) A valorização de uma sexualidade responsável e informada;
h) A promoção da igualdade entre os sexos;
i) O reconhecimento da importância de participação no processo educativo de encarregados de educação, alunos, professores e técnicos de saúde;
j) A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos reprodutivos;
l) A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na violência em função do sexo ou orientação sexual.

Artigo 3.º
Modalidades
1 — No ensino básico, a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde, nas áreas curriculares não disciplinares, nos termos a regulamentar pelo Governo.
2 — No ensino secundário, a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde, nas áreas curriculares disciplinares e não disciplinares, nos termos a regulamentar pelo Governo.
3 — No ensino profissional, a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde, nos termos a regulamentar pelo Governo.
4 — O disposto nos números anteriores não prejudica a transversalidade da educação sexual nas restantes disciplinas dos curricula dos diversos anos.

Artigo 4.º
Conteúdos curriculares
Compete ao Governo definir as orientações curriculares adequadas para os diferentes ciclos de ensino.

Artigo 5.º
Carga horária
A carga horária dedicada à educação sexual deve ser adaptada a cada nível de ensino e a cada turma, não devendo ser inferior a seis horas para o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, nem inferior a doze horas para o 3.º ciclo do ensino básico e secundário, distribuídas de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano lectivo.

Artigo 6.º
Projecto educativo de escola
A educação sexual é objecto de inclusão obrigatória nos projectos educativos dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, nos moldes definidos pelo respectivo conselho geral, ouvidas as associações de estudantes, as associações de pais e os professores.

Artigo 7.º
Projecto de educação sexual na turma
1 — O director de turma, o professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual, bem como todos os demais professores da turma envolvidos na educação sexual no âmbito da transversalidade, devem elaborar, no início do ano escolar, o projecto de educação sexual da turma.
2 — Do projecto referido no número anterior, devem constar os conteúdos e temas que, em concreto, serão abordados, as iniciativas e visitas a realizar, as entidades, técnicos e especialistas externos à escola, a convidar.

Artigo 8.º
Pessoal docente
1 — Cada agrupamento de escolas e escola não agrupada deve designar um professor-coordenador da educação para a saúde e educação sexual.
2 — Cada agrupamento de escolas e escola não agrupada deverá ter uma equipa interdisciplinar de educação para a saúde e educação sexual, com uma dimensão adequada ao número de turmas existentes, coordenada pelo professor-coordenador.
3 — Compete a esta equipa:
a) Gerir o gabinete de informação e apoio ao aluno;
b) Assegurar a aplicação dos conteúdos curriculares;
c) Promover o envolvimento da comunidade educativa;
d) Organizar iniciativas de complemento curricular que julgar adequadas.
4 — Aos professores-coordenadores de educação para a saúde e educação sexual, aos professores responsáveis em cada turma pela educação para a saúde e educação sexual e aos professores que integrem as equipas interdisciplinares de educação para a saúde e educação sexual, é garantida, pelo Ministério da Educação, a formação necessária ao exercício dessas funções.
5 — Cada turma tem um professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual.
6 — As habilitações necessárias, bem como as condições para o exercício das funções definidas no presente artigo, devem ser fixadas por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

Artigo 9.º
Parcerias
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a educação para a saúde e a educação sexual deve ter o acompanhamento dos profissionais de saúde das unidades de saúde e da respectiva comunidade local.
2 — O Ministério da Saúde assegura as condições de cooperação das unidades de saúde com os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas.
3 — O Ministério da Educação e os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas podem ainda estabelecer protocolos de parceria com organizações não governamentais, devidamente reconhecidas e especializadas na área, para desenvolvimento de projectos específicos, em moldes a regulamentar pelo Governo.

Artigo 10.º
Gabinetes de informação e apoio
1 — Os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário devem disponibilizar aos alunos um gabinete de informação e apoio no âmbito da educação para a saúde e educação sexual.
2 — O atendimento e funcionamento do respectivo gabinete de informação e apoio são assegurados por profissionais com formação nas áreas da educação para a saúde e educação sexual.
3 — O gabinete de informação e apoio articula a sua actividade com as respectivas unidades de saúde da comunidade local ou outros organismos do Estado, nomeadamente o Instituto Português da Juventude.
4 — O gabinete de informação e apoio funciona obrigatoriamente pelo menos uma manhã e uma tarde por semana.
5 — O gabinete de informação e apoio deve garantir um espaço na Internet com informação que assegure, prontamente, resposta às questões colocadas pelos alunos.
6 — As escolas disponibilizam um espaço condigno para funcionamento do gabinete, organizado com a participação dos alunos, que garanta a confidencialidade aos seus utilizadores.
7 — Os gabinetes de informação e apoio devem estar integrados nos projectos educativos dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, envolvendo especialmente os alunos na definição dos seus objectivos.
8 — O gabinete de informação e apoio, em articulação com as unidades de saúde, assegura aos alunos o acesso aos meios contraceptivos adequados.

Artigo 11.º
Participação da comunidade escolar
1 — Os encarregados de educação, os estudantes e as respectivas estruturas representativas devem ter um papel activo na prossecução e concretização das finalidades da presente lei.
2 — Os encarregados de educação e respectivas estruturas representativas são informados de todas as actividades curriculares e não curriculares desenvolvidas no âmbito da educação sexual.
3 — Sem prejuízo das finalidades da educação sexual, as respectivas comunidades escolares, em especial os conselhos pedagógicos, podem desenvolver todas as acções de complemento curricular que considerem adequadas para uma melhor formação na área da educação sexual.

Artigo 12.º
Regulamentação
O Governo regulamenta a presente lei no prazo de 60 dias após a sua publicação.

Artigo 13.º
Avaliação
1 — O Ministério da Educação deve garantir o acompanhamento, supervisão e coordenação da educação para a saúde e educação sexual nos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, sendo responsável pela produção de relatórios de avaliação periódicos baseados, nomeadamente, em questionários realizados nas escolas.
2 — O Governo envia à Assembleia da República um relatório global de avaliação sobre a aplicação da educação sexual nas escolas, baseado nos relatórios periódicos, após os dois anos lectivos seguintes à entrada em vigor da presente lei.

Artigo 14.º
Entrada em vigor
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, devendo ser aplicada nas escolas a partir da data de início do ano lectivo de 2009-2010.
2 — Os gabinetes de informação e apoio ao aluno devem estar em funcionamento em todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas até ao início do ano lectivo de 2010-2011.

Aprovada em 4 de Junho de 2009.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 23 de Julho de 2009.
Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendada em 23 de Julho de 2009.
O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.





Não sei porque mas acho melhor os próprios docentes terem formação porque, apesar de haver duas alíneas referentes à questão da orientação sexual e o termo “sexualidade” aparecer sem uma referência explícita a uma determinada sexualidade (hetero/homo/bi), cheira-me a uma educação heteronormativa e homofóbica.

Esmiuçar a rir




Estes são os novos cartazes políticos dos Gatos Fedorentos. Uma nítida paródia aos cartazes políticos do PSD e do PS. De mijar a rir… Perdão, de esmiuçar a rir…




O casamento é isto, aquilo é aqueloutro


“Mesmo nas sociedades que apreciavam a homossexualidade, o casamento era entre um homem e uma mulher” César das Neves



De vez em quando este senhor aparece a dizer umas coisas engraçadas.


Primeiro ponto – Acho um desplante justificar a exclusividade de um conceito para um determinada realidade quando é óbvio para toda a gente ver que os conceitos não são estáticos ou fixos, pelo contrário, são mutáveis e sofrem evoluções que se pretende que se adeqúem às novas realidades e às novas configurações sociais e que faz sentido num determinado contexto espácio-temporal. Dessa forma, a arte nunca teria evoluído para um quadro expressionista e teria-se limitado a uma pintura rupestre.


Segundo ponto – A homossexualidade, os homossexuais e as uniões homossexuais são tão antigas quanto a Humanidade. Chamem-lhe casamento ou união de facto ou ajuntamento ou contubérnio, essa é uma realidade que sempre fez parte da sociedade.


Terceiro ponto – O próprio conceito de casamento é um conceito relativo. Note-se que os primeiros casamentos (coisas de gregos e romanos curiosamente, aqueles que mais “aceitaram” a homossexualidade) eram só para uma elite, pois acreditava-se que só a elite é que tinha o direito, ou pelo menos, a necessidade de manter a prole. Quer dizer que se deve proibir o casamento das classes mais desfavorecidas?


Quarto ponto – Indirectamente estes senhores estão a incitar à chacina para os homossexuais. Se a eles deve ser interdito o casamento porque não reproduzem, porque não pensar que os podemos assassinar exactamente porque não reproduzem?


Quinto ponto – O próprio conceito de amor no contexto da sociedade grega antes da era clássica era referente ao amor entre homens, de tal forma, que a expressão “amor grego” era explicitamente uma sinónimo de “amor homossexual”. Se o conceito de amor genuíno para os gregos só poderia se referir ao amor homossexual quer dizer que não existia/existe amor heterossexual? Sim, porque entre um homem e uma mulher não se chamava amor mas sim outra coisa qualquer. A relação heterossexual tinha uma forte conotação de utilidade reprodutiva e essa utilidade não poderia ser confundida com amor; o amor era entendido como apreciação do belo, o belo pelo belo.

Ando a reparar que...

...o verde e o roxo vão-se usar. O verde em camisas, especialmente. Os casacos de malha também (ou não estaremos nós a entrar no Outono, daqui a nada né?).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Maldita burocracia

A minha situaçao na Faculdade com a secretaria parece estar a resolver-se... Ja estava a ficar farto delas! Para a semana, aulas! Baah :(

Taxas de Natalidade em Espanha batem recordes!


“Ah e tal, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo vão colapsar a família e o mundo vai acabar!"


Ver aqui.

Lady or Mister GaGa?

Não sei se foi com o objectivo de criar polémica ou não, visto que nunca ninguém, até mesmo os mais sexualmente liberais, tinha pensado em falar sobre o hermafroditismo ou se foi daquelas brincadeiras que se fazem com o Photoshop e, no caso desta, ironiza o comportamento da cantora como uma mulher… de tomates!

A música “Are you a boy or are you a girl” dos Barbarians nunca fez tanto sentido! Veja o vídeo e tire as suas conclusões.

Falésia Caída, Trancas a Praia


Acho um bocadinho desnecessário processar quem quer que seja quando a praia tinha um aviso expresso a alertar os banhistas para o perigo de derrocada. Ou pelo menos, deveria ter. Não que houvesse essa necessidade pois qualquer pessoa racional poria a hipótese de uma tragédia dessa magnitude vir a acontecer e evitar o sucedido mudando de lugar.

We are not what we are


“Não há ninguém, julgo eu, que nunca tenha ouvido isto: «estou à procura daquilo que verdadeiramente quero». Esta frase toma como ponto de partida que existe algo que eu quero mas que ainda não sei o que é. Que esse algo pode – e deve – ser encontrado. E sugere que esse algo está numa localização precisa, um qualquer algures, provavelmente dentro de mim, e certamente à espera de ser encontrado.
Nunca partimos de outro princípio, que manifestamente é também possível: o de que não sabemos o que verdadeiramente queremos porque talvez não queira verdadeiramente algo; o de que se esse algo existisse já o saberíamos perfeitamente desde o começo; que procurar esse algo é talvez tão inútil como esperar que ele chegue por acaso até nós; que ao invés de existir esse algo dentro de nós existe antes uma multiplicidade deles fora de nós.”


Rui Tavares, pág. 8, Blitz nº 38, Agosto 2009

Raul Solnado - A(hu)mor a Portugal

Nunca é tarde para aprender a lavar as mãos


Em Espanha o histerismo em relação à gripe A já faz mais vítimas do que propriamente as vitimas da própria gripe A. Por aqui, também já alastra… Será uma intenção dos governos, particularmente em tempos de eleições (duplas), para desviar a atenção da crise e concentra-la na “evidente” epidemia? Nunca o saberemos…

E diz-se “ah, mas a gripe sazonal (a gripe tradicional) mata mais pessoas que a gripe A” mas não adianta, as pessoas andam muito assustadas. Por exemplo: eu tenho sinusite e casualmente dá-me ataques em que tenho que inspirar pelo nariz, com mais força do que seria normal. Certo dia, uma pessoa afastou-se de mim em pleno autocarro quando saquei do lenço e o coloquei no nariz para me assoar…

As medidas de prevenção, muitas das vezes, tornam-se radicais: consta que as canetas presas por um fio, utilizadas para os eleitor/as, para marcarem o seu voto serão substituídas pelas canetas pessoais que cada um/a terá que trazer de casa. Piada! Eu, que ando regularmente de metro, acho potencialmente mais perigosos os manípulos digitais do metro.

Espero que, pelo menos, a gripe A faça muitas vítimas entre as pessoas que, apesar de todos os ensinamentos primários sobre as regras básicas da civilização humana, ainda continuam a escarrar para o chão.

A meu ver, a pandemia da hipocondria e as “bisgas” no chão é que são muito mais graves!

A censura é má mesmo quando se censura algo mau?! Há sempre quem goste de merd@...


Não vejo o porque do escândalo com o cancelamento do Jornal de Sexta da TVI.


Pessoalmente abomino a informação da TVI (aliás, como uma boa parte dos cidadãos e cidadãs portuguesas). Não se deve a factores emotivos inexplicáveis ou a uma simples questão de gosto (apesar de também o ser), trata-se de factores bem objectivos. É claro para um pessoa sã verificar que o tipo de informação que os noticiários da TVI fornecem é populista, demagoga, sem profissionalismo, barroca, desinteressante, sem filtro, retórica e incoerente.


Acredito na democracia e como tal defendo a liberdade de informação e a liberdade de expressão, mesmo que as opiniões sejam completamente opostas às minhas e mesmo que tudo se resuma a uma mera questão de gosto (pessoal e subjectivo), pois acredito que haja alguém que goste da informação populista, demagoga, sem profissionalismo, barroca, desinteressante, sem filtro, retórica e incoerente, no entanto, e essa é um condição necessária para uma democracia de qualidade, não tolero falsas concepções, factos deturpados, jornalismo de segunda, metodologias obscuras, notícias claramente parciais (Sieg Manuela Moura Guedes), informações pouco selectivas (o que é que uma festa do staff dos Morangos com Açúcar tem a ver com a redução da inflação?).


Ainda esta semana, numa reportagem sobre o caso Freeport, precisamente no dia em que o Jornal de Sexta foi cancelado, a jornalista Ana Leal refere que falou com duas pessoas que não se quiseram identificar etc coisa e tal… Por amor da Virgem Maria! Imaginem: Ah e tal, falei com duas pessoas que me disseram que o Michael Jackson era hermafrodita”; Ah e tal, falei com duas pessoas que me disseram que o Cavaco Silva gosta de andar de lingerie da Intimissi em casa”; Ah e tal, falei com duas pessoas que me disseram que o Obama anda no tráfico de dedos do pé do Abominável Monstro das Neves”, pleeease…


Uma coisa é clara. A TVI não esconde as suas ideologias políticas. Passa da desejável imparcialidade informativa para uma autêntica caça ao homem (Caso Sócrates e Freeport). Vale lembrar que a TVI foi um canal de emissão exclusivamente religiosa? Salazarenta, de direita, e não me admiraria nada que tivesse parcerias com o PSD para desmoralizar o PS e Sócrates, que por sinal, já está habituadíssimo a estas difamações (lembram-se da questão da orientação sexual de Sócrates em 2005, aquando o confronto com Santana Lopes, para ascender ao cargo de 1º ministro?).


Acho incrível que sejam partidos de direita, como o PSD e o CDS-PP, a revoltarem-se contra a falta de liberdade de informação e expressão, e mais, a reivindicarem-nas.


Espero que não me censurem este post. Não vão censurar pois não?

Desunião de Facto


E Cavaco Silva promulgou a lei das uniões de facto…


Há quem veja nesta medida uma entrave ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, pelo menos, de forma simbólica e acredito que sim mas concordo com algumas vozes que referem que se deva tratar diferente dois regimes jurídicos de natureza diferente. Para isso, as pessoas (heterossexuais), em vez de terem optado pela união de facto, casavam (salvo em relação a questões religiosas: pessoas que, não sendo católicas, não querem o casamento, mesmo sendo o civil, pela simbologia religiosa que lhe está associada e, em vez disso, optam pela união de facto, apesar de exigirem os mesmo direitos. É uma possibilidade).


O dilema que se põe, é que os heterossexuais podem optar entre a união de facto e o casamento e os homossexuais só podem optar pela união de facto. Nada foi resolvido, dai não achar que o PR tivesse como objectivo prejudicar gays e lésbicas, pelo contrário, prejudicou, nas palavras de António Serzedelo, “26% dos heterossexuais que vivem neste regime”. O problema mantém-se e esse problema continua a ser um só: falta de liberdade, apesar de o PR defender “a liberdade de escolha”.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Iron Lady versus Mister Pure Left

Foi giro de se assistir. Um debate acesso, coerente e intrigante, particularmente no domínio económico. Outra coisa não seria de esperar visto que ambos dominam os temas referentes à Economia e, obviamente, ambos teêm posições diametralmente antagónicas. Manuela Ferreira Leite, PSD, versus Francisco Louçã, BE.


No inicio, Louçã condensou a sua habitual demagogia em ataques precisos e, algumas vezes, persistentes e inoportunos como uma espécie de inquiridor. Manuela Ferreira Leite, que não está nada habituada a estes formatos (debate televisivo), teve alguma dificuldade em lidar com a perspicácia de Louçã e aparentou ser um pouco frágil a nível discursivo, chegando muitas vezes a utilizar argumentos infantis e desviando a atenção simplesmente para o seu programa eleitoral, típico de quem nada sabe muito por onde pegar. Louçã teve também a inteligência de estudar ao milímetro o programa eleitoral da adversária, o que se traduziu numa mais-valia.


Temas fortes:


Economia


Louça defende a nacionalização como processo para acabar com os monopólios do Estado (referiu-se, algumas vezes, à Galp). Manuela usou um argumento corriqueiro que penaliza a intervenção estatal sobre o risco de se aumentar a despesa pública e, como tal, o aumento dos impostos, dando o exemplo do desastre que foi a nacionalização da economia no pós 25 de Abril. Referiu ainda que o problema do endividamento externo não se resolve com nacionalizações e destacou que a falta de competitividade das PME’s são o principal obstáculo.


MFL – 0 L - 1


Segurança Social


Houve um pequeno lapso de MFL ou Louçã é que interpretou o programa eleitoral de MFL como bem entendeu? MFL referiu que vai manter tudo na mesma, não produzirá nenhuma alteração no que concerne à Segurança Social.


MFL – 1 L - 0


Emprego


Um tema onde ambos concordaram na medida em que é um problema urgente (mau era), discordando apenas das metodologias. MFL refere que promover o emprego passa por aumentar a competitividade e a qualificação dos trabalhadores/as.


MFL – 1 L - 1


Serviço Nacional de Saúde


MFL referiu que o problema da saúde não passa só por questões económicas e defendeu parcerias público-privadas. Louçã limitou-se a atacar os serviços privados, dando um exemplo curioso sobre o negócio das cesarianas do privado (que poderia muito bem ser usado para atacar a falta de incoerência de MFL e nos seus interesses em “salvaguardar a família”).


MFL – 0 L - 1


Casamento


Um ponto discordante entre os dois e um tema envenenado para o BE. Louçã enveredou por um discurso corriqueiro e recheado de lugares-comuns das liberdades e pouco mais (poderia descentralizar-se da questão em termos de relações e aprofundar a questão dando ênfase à cidadania de gays e lésbicas como indivíduos), referindo que “o Estado persegue e magoa”; foi criticado pelos sectores mais liberais pois defende a liberdade nas questões civis mas não no plano económico. Enquanto isso, MFL, que costuma ter uma posição reaccionária sobre o tema, teve uma posição mais tolerante afirmando que já não é tabu para a sociedade as uniões de facto e as uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas mesmo assim foi discriminatória e conservadora, reiterando “nesse ponto nunca estaremos de acordo”.


MFL – 0 L - 0


Caso do Jornal de Sexta


O único ponto em comum. Censurou-se a censura e os discursos sobre a necessidade de liberdade de informação e expressão proliferaram, condenando-se a (adoro a expressão) “asfixia democrática”. Para o BE percebe-se a importância desta questão (importância ideológica da esquerda), para MFL porque lhe convêm (a TVI era uma aliada na caça ao homem: Sócrates).


MFL – 1 L - 1

I'm Back!