terça-feira, 28 de outubro de 2008

Teoria das inteligências múltiplas


Teoria das inteligências múltiplas

Uma das ideias centrais da teoria das inteligências múltiplas reside em cada uma ser autónoma, independente das outras. Isto significa que cada indivíduo pode ter uma certa inteligência desenvolvida e outra não. Howard Gardner identificou inicialmente sete inteligências:

A inteligência musical

A autonomia desta inteligência é posta em relevo por certas crianças autistas capazes de tocar um instrumento de forma exímia. Por outro lado, certas zonas cerebrais, situadas no hemisfério direito, desempenham um papel fundamental na percepção e na produção de música.

A inteligência quinestésica

Esta inteligência favorece uma utilização particular do corpo para efectuar diferentes tipos de gestos. Vê-se especialmente nos atletas, como os jogadores de futebol e de ténis, ou mesmo em artistas, como dançarinos, cómicos ou mimos.

A inteligência lógico-matemática


É a este tipo de inteligência que habitualmente chamamos de inteligência., o raciocínio lógico-matemático que os testes de QI têm como base. Esta essencialmente presente nos investigadores científicos. O caso dos “idiotas-sábios”, capazes de proezas no que diz respeito aos cálculos, mas muito fracos noutros domínios, realça bem a autonomia desta inteligência.

A inteligência linguística

Poetas e escritores têm esta inteligência extremamente desenvolvida. Uma zona particular do cérebro, chamada “Área de Broca”, é o local de produção das construções gramaticais. Uma pessoa que apresente lesões nesta zona terá enormes dificuldades em formar uma frase minimamente completa, por mais que as outras faculdades mentais estejam preservadas.

A inteligência espacial

Esta inteligência encontra-se predominantemente nos artistas, tais como escultores e pintores. É sobretudo o hemisfério direito que rege os processos espaciais. Desta forma, as lesões das zonas posteriores ao hemisfério direito afectam o sentido de orientação.

A inteligência interpessoal

Trata-se da inteligência das pessoas ditas “intuitivas”, que lhes permite serem sensíveis às variações de humor, motivações e intenções dos outros. O lóbulo frontal desempenha um papel fulcral nesta competência.

A inteligência intra pessoal

Trata-se da aptidão ao conhecimento de si próprio, da capacidade de análise das suas emoções e sentimentos, o que permite uma melhor orientação no comportamento. Aqui, os lóbulos frontais têm uma enorme actividade. As lesões da parte inferior dos lóbulos frontais provocam, a maior parte das vezes, instabilidade ou euforia, enquanto que lesões na zona superior provocam, mais frequentemente, indiferença ou mesmo apatia.

Howard Gardner juntou recentemente uma oitava inteligência e emitiu hipótese de uma outra:

A inteligência naturalista

Esta diz respeito à capacidade de reconhecer e distinguir os diferentes tipos de plantas, animais, por exemplo, saber distinguir entre uma rola e uma pomba. Darwin possuía uma notável inteligência naturalista.

Inteligência existencial

É a capacidade humana de por questões sobre problemas fundamentais da existência, tais como “donde vimos nós?”, “de que é feito o mundo?” ou, ainda, “porque morremos nós?”.

Howard Gardner não tomou em consideração esta ultima inteligência por falta de provas de base neurológica.

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