segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Playlist

Cut Copy – Lights & Music



Em Novembro do ano passado (dia 14) deram cabo da Casa da Música (Clubbing Optimus), vem da Austrália e ostentam orgulhosamente a coroa de reis da electro-indie (seja lá o que isso for!). Em 2003 Dan Whitford (vocalista), DJ e designer gráfico, recruta Tim Hoey (baixo, guitarra e sampler), Mitchell Scott (bateria) e Bennett Foddy (baixo e sintetizadores). Com apenas dois álbuns editados puseram o mundo num rebuliço com o hit "Lights & Music". Confessam, sem grandes tabus, as suas influências: electro 70/80, disco e new rave. São fãs de Daft Punk e New Order e já partilharam o palco com Bloc Party, Franz Ferdinand, Wolfmother e The Presets. Rave até dar com… Lights & Music!

Da Weasel – Casa (Vem Fazer de Conta)





Sobre os Da Weasel poderíamos dizer mil e uma coisas mas acabaríamos sempre por intitulá-los como uma das melhores bandas de hip hop made neste pequeno país à beira-mar plantado. Este "Casa (Vem Fazer de Conta) " é um regresso à faceta lamechas que os consagraram como "grandes" à entrada do novo século XXI onde eles pediam para nunca os deixarem. Manuel Cruz dá-lhes uma ajuda e resulta.





P.S. Ouçam também o "Meu Deus". "O meu Deus não tem preferência sexual/ Não é hetero nem homossexual!" Essa é a diferença entre o black music machista e black music de qualidade!

Britney Spears – Circus





O título do álbum-surpresa só pode ser puro sarcasmo. Depois de todas as tropelias (marretadas em jornalistas, bumped jumping com o filho, raspanços de cabelo inesperados, bebedeiras, drogas, amizade suspeita com Paris Hilton, aparições que fazem a baleia azul ganhar o título de Supermodel Of The World e divórcio litigioso) obrigando o próprio pai a passar tudo para o seu nome, o Mundo assiste ao 6º álbum daquela que é (foi?) considerada a princesa da pop, sucessora de Madonna nestas lides. Ela parece querer mesmo reconquistar a tiara.
A receita deste álbum não difere muito (electro pop frenético, black music a potes, vocalizações girlie e sexys) mas, apesar de tudo e ironicamente, "Blackout" conseguiu reunir as melhores apreciações críticas do seu trabalho. Oh, mundo cruel… A ver vamos, se este "Circus" tem o mesmo resultado e se consegue domar os leões, atravessar a corda bamba tal como uma boa trapezista ou se é apenas um truque barato de ilusionismo e vira palhaça sem direito a gargalhada, acabando por desaparecer por magia. Clip de bom gosto, a fórmula dos costume e coreografia intensa a condizer! Tudo parece no sítio. Bem-vinda Britney…

X-Wife – Over





Uma das coisas boas da década 00 que, daqui a dois anos diz adeus, é a explosão de música portuguesa de qualidade. E não importa se cantam em inglês ou em japonês ou congolês! Qualquer que seja a língua, X-Wife será sempre uma banda de qualidade! Este "Over" (punk!) é sinal de que eles ainda agora começaram, vai uma aposta?

Alicia Keys ft. Jack White – Another Way to Die





Confesso que estava mesmo para fazer uma listinha de todas as músicas do OO7 mas quando ouvi este "Another Way to Die" pus o replay e não parei de ouvir. A "You know my name" de Chris Cornell é ridiculamente masculina. "Another Way to Die" consegue ser forte, masculina mas mantém aquela aura de mistério que o instrumental descortina, aquelas coisas que só o piano swingueiro da Keys e a sua amplitude negra à mistura com a trovoada da guitarra do White e a sua voz camp conseguem. O título não é lá muito original mas James Bond também não é nome de gente!





P.S. Os Duran Duran não tinham só visão para a música. Também tinham "A View to Kill"! A primeira boysband com uma magnum 0.30.

ABBA – Money, Money, Money





Ou são sinais dos tempos (daquilo que falta em tempos de crise!) ou são as permanentes dos anos 70 que são pior que as nódoas de chocolate em algodão. Se o Apocalipse tiver um apelido, ABBA é o nome principal. Vai tudo ABBAixo e o inferno é feito de lantejoulas!

Ladyhawke – Paris is Burning





Descansem! Já fecharam todos os BNP’s franceses e a Revolução Liberal já foi há mais de 2 séculos. Mas de qualquer forma não sabe como é que as suas colunas poderão reagir. Esta neo-zelandesa viciada em 80 é uma autêntica piromaníaca. É melhor levar o extintor…

The Tings Tings – That’s Not My Name





Á primeira "ouvidela" poderá parecer a Avril Lavigne constipada mas garanto que não. Nem é o Nuno Markl com problemas de identidade. São apenas a melhor banda de 08, e quiçá, de 09! Que é como quem diz, a melhor banda de 09, quiçá de 2010 e por aí adiante…

Sam Sparro – Hot Mess





Sam Sparro que consta na lista de 100 personalidades elegidas pela revista gay Out é considerado uma das minas de ouro da electro-pop. Neste "Hot Mess" ele dá provas que merecia ser príncipe de alguma coisa, ou melhor, Prince de alguma coisa!

Klaxons – Gravity’s Rainbow





E por falar em New Rave…

Infadelis – Can’t Get Enough





Eu não disse que isto de ter as musicas a passar nos anúncios era uma boa ideia? Antes disso "Infadelis" eram um adjectivo para polígamo…


Rui Reininho – Bem Bom




Rui Reininho, que se estreou agora a solo com a sua "Companhia das Índias", parece ter incorporado um espírito qualquer ou então é a manifestação de um alter-ego metafísico ou qualquer coisa assim. Seja como for este, "Bem Bom", original das Doce, não azeda e a despreocupação de Reininho, o nosso Brian Ferry, ajuda na digestão. Passou-se da euforia girlie para o soft pop em tom de ressaca. Clip de qualidade.

Janet Jackson – Rock With You





E chegamos ao universo de Janet outra vez. Multicolor, sexy e de prisma electrónico, este "Rock With You" induz ao trance e reserva charme. Para ouvir no bar quando estiver a fazer olhinhos a alguém…

Balla – Fim da Luta





Metáforas sexuais ímpares e desconforto sobre o olhar atento das cordas. Alguém disse que a música portuguesa estava em perigo?

CSS – Left behind





As más-línguas dizem que eles falharam redondamente com este segundo álbum mas convenhamos, segundo álbum é segundo álbum. Descontraído, mais rockizado, menos plastificado e ainda se queixam? Eles parecem responder à crítica com este "Left Behind", porque o Brasil não é só país de samba… nem de indie!

Hercules & Love Affair – Time will





Anthony não desilude, nem em tom choroso. Vou ser obrigado a eleger "Hercules & Love Affair" como a melhor banda de 2009


Christina Aguilera – Things getting Better





Já disse anteriormente aqui no blogue que se a Cristininha tivesse a audácia de fazer coisas diferentes sem perder a qualidade eu virara fã. Bem, acho que vou buscar os meus pompons. Este "Things getting Better", que celebra os seus Greatest Hits, é uma grande canção do género que eu mais aprecio: electro-pop a soar a Goldfrapp! Os sintetizadores e o espírito pop a puxar para a soul pastilha elástica pedem mais, 3 minutos é muito pouco! Britney, segue o exemplo…

Portishead – Machine Gun





Este "Machine Gun" dos Portishead é o regresso da banda depois de longos 10 anos sem produzir coisíssima nenhuma… Negro, complexo e intensamente cru, este "Machine Gun" parece ser a alma dos tempos em que vivemos. Para os fãs de Portishead serve muito mais do que consolo! Quem espera sempre alcança…

Amy Winehouse – Valerie





A diva estudou o melhor que se fez em Motown e aprendeu a lição. Até para uma branca é possível. Não tem disco novo mas recordar este "Valerie" às entradas de 2009 é divinal…

MGMT – Time to Pretend

Abaixo o disco! Viva o psicadelismo! Paradoxo?

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