quinta-feira, 23 de abril de 2009

Smart Ass




O que não quer dizer que existe uma mudança de opinião. Aliás, esta estratégia de silenciamento funciona como uma mensagem subliminar para os seus fiéis. A Igreja já aprendeu a não ser escancaradamente homofóbica mas alerta “para as feridas profundas da sociedade” criticando “a mentalidade deliberadamente anti-natalidade” pois a perpetuação da espécie significa a perpetuação da fé cristã. Parecendo que não essa estratégia representa uma vitória para o movimento LGBT pois a Igreja está sobre pressão e entende que o outro lado tem poder para expressar a sua opinião, logo para também causar impacto político. Lamento desiludir ainda mais a Igreja mas a conquista dos direitos dos homossexuais como o casamento e a adopção são realidades inevitáveis em estados democráticos. Foi assim na questão feminista ou na luta dos direitos dos negros. A Igreja e a sua postura não vão travar o processo. Não podem fazer mais do que desacelerá-lo. E a Igreja sabe disso. Não acredito que o casamento homossexual seja uma realidade próxima mas basta olhar a sociedade e os seus sinais e é claro para toda a gente ver que existe o reconhecimento legal do exercício da democracia e a sua extensão a tod@s cidadãos e cidadãs. Existe uma maior liberdade e tolerância em relação à orientação sexual das pessoas. Repito aquilo que digo sempre: metade das coisas tem que ser feitas pelos homossexuais. Assumam-se! Ganhem coragem! É um processo individual de consciência e não é fácil mas não podemos estar quietinhos enquanto vemos estes abutres de batina a pregar o seu moralismo heteronormativo e homogeneizador de séculos. De qualquer forma, eu não disse nada disto:


Nota LGBT sobre eleições não deverá ter referência expressa sobre a postura homofóbica da Igreja

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