quarta-feira, 27 de maio de 2009

Playlist II

White Lies – To lose my life



Os White Lies parecem ser a nova sensação da música inglesa com o seu álbum de estreia intitulado To Lose My Life. O single homónimo assim como os seus parceiros Farewell to the Fairground e Death sao um deleite para o ouvido. Som maquinal, bateria frenética mas rígida, imagética soturna mas sem cair no teatral gótico, desejo épico em voz grave, remetem-nos para os velhinhos Joy Division, The Chamaleons, The Bravery ou os mais recentes The Editors. Cuidado com eles!

Dance Area- AA 24 7



House com “H” maiúsculo. Puntz, puntz, puntz.

VV Brown – Crying Blood



Já não bastava a Duffy para concorrer com a Amy Winehouse. Do nada, surge a poderosa VV Brown que tal como o nome sugere tem mais uma característica peculiar que ajuda no processo de competição e as suas adversárias não possuem, apesar do esforço na atitude, estilo e voz: é negra. “Crying Blood” traz o lado softcore e selvático de Grace Jones, o frenesim doido de The Noisettes e a garra Winehousaniana. Se não metesse sangue poderia ser a canção título de uma série qualquer. Para ouvir sem moderação.

The Sounds – Dorchester Hotel



Formados em 99, os The Sounds praticam New Rave com laivos de punk, herdados de uma mistura camp (note-se o uso de sintetizadores) com riot girrrl. Os méritos deve-se essencialmente à vocalista (ninguém diria!): Maja Ivarsson (a Sónia Tavares?) com o seu vocal spunky, quase trocista. Frequentemente comparados a Blondie, The Cars, The Epoxies ou até Missing Persons, os The Sounds fizeram este torpedo indie para nos motivar para a pista de dança confusos?). Está no “Dying to say this to you” de 2006 e pega-se aos tímpanos mais rápido que a gripe suína.

Ladyhawke – Another runaway



Sintetizadores, som retro, refrão orelhudo e atitude rock. Ladyhawke quer mesmo conquistar a musica pop actual. Já faltou menos.

MGMT – Electric Feel



"Electric Feel is a shunting single that cobbles together the instrumental roving of Gary Numan, the high pitch vocal provocation of Scissor Sisters and tops it off with a Timo Maas vibe that varies in impact. Worldly, boundary crossing expressionism is the end result. It is sure to have a range of commentators drawing attention to this backward gazing, yet fresh feeling duo." - David Adair, Angry Ape
Quem fala assim…


Lykke Li- I'm Good, I'm Gone



Ela já veio a Portugal (Super Bock em Stock). É loira mas não faz música pop, pelo menos pop pura mas “indie pop” (seja lá o que isso for!). O seu nome é Lykke Li. Ou melhor, esse é o seu nome artístico, o verdadeiro é só trocar a ordem: Li Lykke e tem um sobrenome que mete medo ao susto: Zachirisson. Tem 22 anos, o seu álbum de estreia é produzido por Björn Yttling dos Peter Björn and John e intitula-se Youth Novels. Contém canções femininas e falsamente ingénuas que bebem da mesma fonte que Björk ou Mirah. Tem como referências Bon Iver, Nina Simone, Edith Piaf, A Tribe Called Quest e D’Angello. Sucedendo-se ao seu grande hit “A Little Bit” e ao imperativo “Dance Dance Dance”, surge este musculado “I’m Good I’m Gone”.

Simian Mobile Disco – Love



O house continua. Desta vez com o hit ibiziano (ou pachaniano, como quiserem) dos Simian Mobile Disco porque… os macacos também se apaixonam e o All I Need is Love dos The Beatles é demasiado cliché. Puntz, puntz, puntz. Destaque para o remix Beyond The Wizard's Sleeve.

Duffy – Rockferry



Desta vez, Duffy sussura-nos ao ouvido… e nós deixamo-nos embalar! Balada pop saudosista sem remorsos, aura de menina do coro e rouquidão soul. Para variar muito…

Jacksons 5 – Can You Feel It



De repente, regressamos aos inícios dos anos 80 e somos absorvidos pelo vortex funk que é este “Can you feel it”. Esta canção já foi samplada por Madonna (“Sorry”) e Tamperer (ft. Maya) (“Feel It”). O clã Jackson ainda era unido e feliz e Michael Jackson ainda era negro, aconselhável e são.

Amália Hoje – A Gaivota



Amália Hoje é um projecto de Sónia Tavares e Nuno Gonçalves, ambos dos The Gift, Fernando Ribeiro dos The Moonspell e Paulo Praça dos já falecidos Plaza. O objectivo do projecto é recriar, com novas roupagens, clássicos de Amália. O que une então a Sónia Tavares dos The Gift a Amália, ícone maior da música portuguesa? Exactamente. A alma Pop. Para quem suspeite que o fado possa ter uma alma pop (passo o pleonasmo), ouçe este “A Gaivota” e perceberá. É que sejamos sinceros: não há nada mais pop que Amália.

Kid Sister – Get Fresh




Kanye West de saias ou uma futura Missy Elliot?

La Rioux – Quicksand

Condensem Depeche Mode, Eurithmics, Human League, Yazzo e Prince numa figura franzina tipo Lilly Allen. Isso mesmo, La Rioux. É britânica e tudo. O electropop e o Euromilhões não tem assim tantas diferenças…

Fangoria – El cemitério de mi suenos



Acelerado como um boogie woogie psicótico, gótico como uma musica dos Nightwish e camp como uma Madonna latina de cabelo ruivo, de língua espanhola e sintetizadores a fazerem de castanholas. Se morrer é isto é bom estar no céu…

INXS – Dream on black girl (Roman Vincent Remix)



Do New Rave ao Rock foi um tirinho e mais ninguém os parou. Quer dizer, até 1997 com a morte do vocalista (suicídio? Asfixia? Kylie, ao quanto obrigas!), Michael Hutchence. De qualquer forma, os Depeche Mode australianos (e diga-se de passagem, mais roqueiros), se ainda existissem, votariam, de certeza, em Michelle Obama.

Desire – Under your spell



Tem nome luxuriante e fazem música de embalar.

Madonna – Miles Away (Morgan Page Remix)



Uma das melhores baladas ao violão da Rainha da Pop remixada por Morgan Page. Sobre a música postarei mais à frente, no post especial sobre Madonna, quanda ela lançar o seu 3º Greatest Hits (Setembro provavelmente). Este remix é só para nos lembrarmos o quão essencial é Madonna. Puntz, puntz, puntz.

Sem comentários: