segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Muro das Lamentações antes de chegar 2010


Definitivamente os/as professores/as não têm a consciência da carga de trabalhos a que nos submetem. Ou melhor, eu até acho que têm mas agem por vingança. A sua entrada na faculdade devia ter sido tão traumática que decidiram descarregar a sua fúria inquisitorial nos pobres dos mancebos. Contudo, dão um aspecto democrático à coisa: "se tiverem muito trabalho, reinvidiquem". Pois, é fácil falar na posição privilegiada em que se está. Até podem ponderar a hipótese de reduzir algum trabalho mas a redução limita-se a meia dúzia de páginas de algum trabalho...


Só para vocês terem uma noção, este semestre tenho: em Seminário da Iniciação à Mediação e Formação, um diário de bordo (12 a 15 págs), um excerto de textos (que já fiz mas o profe lembrou-se que estava muito curto e poderia reformular) e um exame (com o nome soft de "síntese"). Tenho que entregar os trabalhos até 31 de Dezembro (moodle) e a síntese dia 12. Em Epistemologia e História da Ciência tenho um trabalho, no qual não fiz nadinha de nada, para entregar no dia do exame (dia 14). É canja porque é a minha disciplina favorita mas como sou perfeccionista a valer, torna-se difícil o processo de elaboração do trabalho. Tenho exame de Sociologia da Educação I dia 20 e é aquela cadeira onde não há muito por agarrar. A professora contradiz-se imenso: nós, portugueses/as, temos que ser supra-exigentes mas quando nos queixamos, já não temos que ser os melhores. Do ponto de vista pedagógico é viável tal observação? Principalmente num curso de Ciências da Educação?


Depois dos exames são apenas sínteses do género resumo: a Psicossociologia da Formação de Adultos (cadeira da treta! e ainda temos que entregar o relatório da acção de formação), a Psicologia da Educação II: Relação Educativa (duas sínteses, uma como resposta a uma pergunta e outra mais elaborada que pretende focar toda a matéria dada nas aulas, ufa!), a Expressões e Criatividade (cadeira do 1º ano e talvez a mais fácil de toda a licenciatura; apenas uma síntese sobre o filme "Melodia do Amor" e uma síntese, mais complexa, sobre a importância das expressões artísticas no contexto educativo) e a Processos de Desenvolvimento Curricular (uma síntese de 3 páginas), a cadeira da Profª Drª Carlinda Leite e provavelmente a mais trabalhosa do semestre embora escusadamente. E porquê? Porque no ano passado a unidade curricular leccionada pela mesma docente, então chamada Teoria e Fundamento do Currículo, valia 4,5 ects e a forma de avaliação/carga de trabalho era: um trabalho de grupo, 6 fóruns, uma síntese individual e apresentação de um texto. Este semestre temos exactamente a mesma carga de trabalho (à excepção dos fóruns que passam a ser 4) e a cadeira vale 3 ects. Incoerências!


Janeiro vai-me custar imenso. Mas o meu grito de emancipação vai ter eco no Carnaval. É o que me consola!

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