sexta-feira, 13 de agosto de 2010

True Blood


Passei o último fim-de-semana a ver as três temporadas de «True Blood». Começando na Sexta e acabando Domingo (com o 8 episódio da terceira temporada). É raro uma série fascinar-me assim para que devore tudo de uma só vez (só aconteceu com Queer as Folk, Heroes e Glee). Tentei com a «The Gossip Girl» mas não resultou (detesto dramas snobes!).


«True Blood» é uma série kitsch, transmitida pela HBO, que mistura sexo, sobrenatural e drama, tendo como pano de fundo o Sul dos EUA: árido, tacanho e com resquícios da subcultura negra, mais concretamente, Bon Temps, cidade imaginária do Louisiana. Os vampiros lutam pela integração e obtenção de direitos civis até porque a invenção de sangue sintético (o True Blood), por parte de cientistas japoneses, os livrou do terrível fardo de se alimentarem de seres humanos (embora a hipótese não esteja descartada). Começa aqui a referência à luta dos direitos dos homossexuais onde vampiros são o seu codenome. Não é por acaso que os vampiros foram, segundo o mito, perseguidos pela Igreja/Inquisição, são seres nocturnos e misteriosos – discrição gay – e opõem-se simbolicamente à espécie humana sendo portanto uma ameaça a esta e procurando a sua propagação. Atente-se no slogan «God Hate Fangs» (algo como «Deus detesta Caninos» numa clara alusão ao slogan homofóbico de «God Hate Fags» - Deus detesta os paneleiros -), patente logo na abertura da série. Espera-se pela terceira temporada e o factor g aumenta (como se não bastasse a bichisse do LaFayette, o cozinheiro de serviço) com cenas de puro sexo gay e lésbico (até Alexander Skarsgard alinha…).


Contudo, nem só de gays e vampiros se faz a série mas também de Deuses, metamorfos, fadas e lobisomens (a matilha completa). E claro o romance proibido entre uma humana telepata (será mesmo humana?), a empregada de bar, Sookie Stackhouse, e o vampiro Bill que provocará o olhares fortuitos da população. Também temos a prima de Sookie, Tara, uma negra mal-disposta e sem papas na língua; o dono do bar, Sam, que é um metamorfo simpático e está perdidamente apaixonado por Sookie; Jason, o irmão gostoso e ninfomaníaco de Sookie e uma série de personagens e histórias mirabolantes. A primeira temporada resume-se à resolução de uma série de mortes e a ao romance humana/vampiro.


Conselho: não perca esta série que se vem a revelar uma série de culto. Proteja é só o seu pescoço, pelo sim, pelo não.

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