segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Skins


A série já não é nova, data mais precisamente de 2008, mas curiosamente despertou-me a atenção estas férias. De tal forma que já vou na terceira temporada. A primeira temporada (apresentada estrategicamente como sendo cada episodio dedicado a cada uma das personagens) é a melhor. A segunda começa bem mas acaba mal (até é preciso morrerem personagens – uma delas sendo uma das principais), a terceira revela alguma crise criativa. É muito mais hardcore e não traz nada de muito novo.

A serie? A série foca os conflitos típicos da adolescência de um grupo de jovens britânicos. A particularidade é que os foca realistamente sem direitos a eufemismos. Assim, temos doses nada modestas de sexo declarado (gay e hetero e sexualidades fluidas), temas polémicos que surgem relativizados – abandono filial, aborto, anorexia, violência, etc -, drogas (muitas!) e raves e mais drogas e mais raves. Bem, tudo aquilo que se sabe sobre a adolescência e teve sempre medo de perguntar. As personagens essas são padronizadas, multiculturais mas inseridas em contextos não propriamente estereotipados. Temos o jovem árabe (Anwar) e o seu melhor amigo gay (Maxxie) – estratégia claríssima de pedagogia anti-homofóbica; temos o triangulo amoroso cliché (ou será antes quadrado?): Tony, o galã sem tacto, Michelle, a boazuda insegura, Sid, o nerd-tipo (com direito a gorro e óculos) e Cassie, a insegura e frágil Cassie (que sofrerá com problemas relacionados com a sua imagem). Resta-nos a Jal, a negra desenquadrada (que toca clarinete e detesta confusões – estratégia anti-racista), o peace & love Chris (apreciador de uns belos charros) e Affy, a soturna e perversa irmã de Tony. Tudo isto com muito humor british e enredos imprevisíveis.

Não sendo uma serie 5 estrelas é, sem sombra de duvida, uma boa forma de passar os seus seroes.

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