quarta-feira, 18 de maio de 2011

Homofobia escolar

Já disse aqui e volto a repetir: a homofobia é um problema estrutural. Quem achar que a resolve com um estalar de dedos desengane-se. No simbólico (e politicamente invisibilizado) dia internacional contra a homofobia, dia 17 deste mês, o observatório da rede ex-aequo sobre homofobia escolar alerta não só para os riscos desta mas também com para o aumento das denúncias (que poderão ter que ver com uma maior abertura social para denunciar). Nem tudo é mau; há meia dúzia de anos este tema (homossexualidade e especificamente bullying homofóbico) era um autêntico tabu, agora - não quer dizer que não seja (basta ver as omissões na Educação Sexual) - já começa a ser discutido e de formas bastante originais e formativas (ver o Projecto Inclusão da rede ex-aequo).

Como referi, a homofobia não tem solução (combater a heteronormatvidade é como combater o patriarcado ou o caitalismo) mas tem formas resilientes e resistentes mais ou menos eficazes. O acto de se falar já uma vitória. Poderia ser muito mais eficaz se a comunidade LGBT fosse realmente politizada. Pode ser que tempos fascizóides acordem as pessoas...

Nota: a minha tese de mestrado será sobre bullying homofóbico.

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