domingo, 22 de maio de 2011

Kaboom

«Kaboom» é um filme, no mínimo, inusitado. Aquilo que parece uma versão gay das comédias erotizadas teen (“American Pie”) acaba por se transformar numa impensável junção entre um filme de terror com uma absurda componente mística e um thriller de sci-fi forçado. O pueril (e francamente sedutor) Thomas Dekker adapta-se perfeitamente a Smith, um jovem cuja orientação sexual é (tchan!) «indeclarado».

Ora pois bem, a vertente florescente e psicadélica queer, que vai desde da experimentação sexual à supra-sexualização das personagens, é uma constante (“Another Gay Movie”, “Velvet Goldmine”, “Má Educação”), o que difere de filmes mais assimilacionistas (“Beautiful Thing”, “Tempestade de Verão”) onde as identidades parecem firmes e hirtas como uma barra de ferro ontológica. Aqui elas são mutáveis e híbridas. Talvez seja essa a única coisa boa do filme.

Destaque para o loirão do poster, Chris Zilka, cujo nome da personagem é sugestiva: Thor!


Sem comentários: