quarta-feira, 15 de junho de 2011

Para sair do Armário é só abrir a Porta

«A interrogação deverá ser então, por que razão parece existir um temor quase colectivo na sociedade portuguesa em relação à homossexualidade de Portas? Repare-se que o facto de se insistir constantemente que isso é lá do domínio privado não possui equivalente para a heterossexualidade – ninguém diz da heterossexualidade que “isso é do domínio privado”.» (Nuno Castro, in Solstício)

E evidente que não expus, e muito menos condeno, a homossexualidade de quem quer que seja.Tenho grandes amigos homosexuais e respeito as suas opções de assumirem ou não.Não sendo gay, apoiei e apoio publicamente o casamento homosexual e a adopção de crianças por pessoas e casais homosexuais (tendo até criticado o meu Partido por não ter sido consequente nesta matéria). Em Portugal não vi, nem vejo, muitos representantes partidários a fazer o mesmo.No PE tenho um percurso consistente de apoio às iniciativas para defender os direitos humanos das pessoas da comunidade LGBT e para protestar contra a violação dos seus direitos (recentemente trabalhei numa resolução condenatória do assassinato do destemido activista gay ugandês David Kato ).Uma pessoa gay, para mim, é como todas as outras pessoas: merecedora de consideração em função dos seus actos e palavras e não da sua orientação sexual. Jamais me inibirei de censurar um gay, se acho que o merece, só porque é gay. Mas detesto, isso sim, a hipocrisia cobarde e sem escrúpulos de quem na vida pública prega a moralidade convencional, em contradição com práticas próprias. (Ana Gomes)

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