Começa por afirmar que a monarquia é uma mais-valia para o país. “Mudando-se o país pode-se mudar qualquer coisa”. Pois, não explica o que muda, de facto, com a monarquia mas qualquer coisa pode mudar, se não for muito incomodo…
Depois diz que a Republica é um bicho-papão, propagandista (ou não tivesse o Rodrigo a fazer propaganda sobre a monarquia), inculcando preconceitos sobre os monárquicos como o seu desejo ínfimo de criar uma sociedade estratificada e escandalosamente desigual. De facto, esses preconceitos não se coadunam com a imagem “bonacheirona” dos monárquicos, veja-se o caso de D. Afonso Henriques ou Luís XIV. Que simpáticos que eram!
Rodrigo afirma ainda que a despartidização do poder é essencial e característica única da Monarquia face à República. O poder, esse maldito, configurado na figura de um/a Presidente da República que para ser mais light passaria… para um Rei.
Depois do embuste, o delírio. Refere que as monarquias nunca recorreram ao FMI. Desculpem, tenho que rir. Além de ser a mais pura mentira (Suazilândia, Marrocos e a Jordânia, já o fizeram), trata-se de um argumento patético, visto que a maior parte dos regimes europeus são Repúblicas, logo é mais provável que sejam Repúblicas a receber financiamentos do FMI. Acrescento que não dou mais de dois meses para Espanha ir ao pote.
Rodrigo refere ainda que o Estado é um caloteiro. Olhe-se para a história dos reinados (o Reino Unido ou França, por exemplo, com a história de Maria Antonietta) e quase, quase, quase, que Rodrigo aconselhava a seguir o exemplo.
Continuando a ler a entrevista, achei curiosíssima a fuga à questão. Quando a jornalista Sónia Peres Pinto lhe indaga: “Há quem defenda o federalismo e quem defenda uma maior regulação nos mercados. Qual é a visão de um conservador sobre o assunto?”, Rodrigo foge como do rabo à seringa e, por momentos, esquece-se dos mercados para cogitar-se contra (ou a favor, sobre a forma de inevitabilidade) Bruxelas. De facto, para um monárquico, tem-se uma visão conservadora bastante… liberal.
Aliás, a sua visão é tão liberal que chega mesmo a defender Passos Coelho com a aplicação do corte no subsídio de Natal. Estranho, para alguém que não deveria gostar cá de misturas com partidos com assento parlamentar, isto é, republicanos e democráticos…
Para finalizar remata com uma frase fatal, de brandar aos céus:
«Uma grande diferença entre os políticos de esquerda e os políticos de direita diz respeito ao guarda-roupa e a essa capacidade de transmitir a sexualidade. A direita costuma ser melhor nessas coisas.»
Se a futilidade não fosse marca registada dos neoliberalismos e monarquismos ficaria encantadamente chocado. De facto, fazer de uma subjectividade uma verdade singular é símbolo do tiranismo do sangue-azul até porque nunca achei muitas piadas a coroas. E quando se trata do Rodrigo, nem caras. Contudo, ainda me vai ter que explicar o que isso de “transmitir a sexualidade”; já não bastava transmitirem a prole, louca! Espero que não seja como a malária ou HIV, senão compro daqueles frascos protectores ou simplesmente preservativos com um rótulo bem gigante “Anti-Monarquia”. Não vá Sua Majestade tece-las e ficar com uma doença… bem Real!
1 comentário:
Eu conheço este gajo de ginjeira: é um idiota chapado que tem a mania que é bom...
Enviar um comentário