segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Desenho de Informação


«…Estamos a partir do princípio que a democracia é uma espécie de mínimo denominador comum e que é necessário, em certos casos, rebaixar a complexidade até ao nível da democracia. Qual será então o limite do mínimo denominador comum? Nada impede a democracia de se tornar mais preguiçosa e lenta e mesmo estúpida e querer, a cada passo, que a complexidade das coisas seja rebaixada ao seu nível. E gradualmente a democracia, porque quando ela é estúpida demais já não é democrática. Não é por acaso que a Grande Depressão dos anos 30 deu como resultado o fascismo em vários países: foi a escolha semi-voluntária da estupidez sub-democrática.
Felizmente, há maneiras de evitar o problema sem prescindir da democracia – porque não podemos mesmo prescindir da democracia. Felizmente, a sociedade è um grande repositório de inteligência. Vemos os efeitos disso à nossa volta; na arte de civilizações passadas, na capacidade de comunicação, na sociedade em rede da Internet…»


(Rui Tavares “Desenho de Informação” Blitz 29. 10-11)

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