sexta-feira, 7 de maio de 2010

Acção - Reacção



Primeiro ponto: então, estamos nós na nossa vidinha, convida-nos para uma entrevista e aceitamos, estamos à espera que possam sair dali todo o tipo de perguntas, até as mais inconvenientes, não estamos à espera de fazer-se dessas perguntas, insinuações calaniosas, boatos e mentiras. Sim, porque pode-se transformar as perguntas em premissas. Tipo: "Ouvi dizer que o Ricardo é um grande canalha. É verdade?". É uma pergunta? É, contudo, no plano, ético, não é legítima. Foi, mais ou menos, isto que aconteceu. Existe o agravante do seminário "Sol" ser um jornal que (e sabemos isso perfeitamente) anti-governo de PS.

Segundo ponto: um ser humano passa-se. Irrita-se. Quando provocado, reage. Sobre pressão, tem atitudes irreflectidas. Indigna-se. Ora, lamento dizer isto mas: os/as deputados/as são seres humanos. Certamente, um/a deputado/a do PSD teria as mesmas probabilidades de reagir assim. E os/as jornalistas tiveram sorte. É que existem reações muito mais, digamos... efusivas. O azar foi roubar um gravador e ter sido filmado a fazê-lo.

1 comentário:

João Roque disse...

Perfeitamente de acordo.
Quando haverá limites (não censura) aos desmandos de jornalistas para quem vale tudo?
Como reagiriam eles, nós, toda a gente, numa situação idêntica?