sábado, 1 de janeiro de 2011

A Resolução dos 10 Mandamentos


  1. Numa mais me vou vitimizar. Vou defender o meu ego como se fosse um bunker da Guerra Fria sem cair no erro crasso do egoísmo e da petulância (se bem que, às vezes, não ficava nada mal: bitches rule). Vitimizar-se dá mau aspecto e já é um facto que não tenho muita sorte nestas coisas do amor (Hugo!!!). As crises de auto-estima ficaram em 2010. Bye bye…;
  2. Vou resistir às tentações carnais. Não, não precisarei de pulseira electrónica mas tenho que me consciencializar que o sexo (e o amor) está recheado de relações de poder e, desleixar-me seria não cumprir o primeiro propósito. Traduzível em actos: nunca irei dar o primeiro passo; nunca irei demonstrar interesse; vou-me tornar mais inacessível que o MIB do Obama (se bem que, com as WIKILEAKS deste mundo, nunca se sabe…). Uma vez perguntaram à Madonna qual era a dica para conquistar um homem. A Rainha da Pop não hesitou: “fazer-se difícil”. That’s my point. Por outro lado, não sou um talho, o que não implica que só terei relações sexuais «dentro do casamento», entenda-se mas… quase! Vou usar uma fórmula nova que consiste em ser um falso moralista, isto é, evitar o tópico “sexo” em toda e qualquer situação (menos no urologista). Giddens dizia que os homens são avaliados pelas conquistas que fazem e as mulheres são avaliadas pelos recuos que fazem as conquistas. Ora, não quero invocar um estereótipo banal de que os gays são um “misto de” mas é verdade: tenho que arranjar a dose certa de “recuos” para me potencializar as “conquistas”;
  3. Arranjar um trabalho à minha altura (não que seja muito alto) e empenhar-me a sério sem nunca desleixar nas aulas;
  4. Ganhar mais responsabilidade e ser menos preguiçoso. Já desperdicei muitas coisas na minha vida, não ter por capacidade mas por pura e mera preguiça. Culpem a minha cama e a Internet ok?;
  5. Dedicar-me mais à família. Lavar os pratos em ocasiões especiais não basta;
  6. Ir para um ginásio e perder a barriguinha (adoro como os diminutivos retiram a urgência das situações);
  7. Fazer as coisas sozinho. Já dizia alguém: “se queres algo bem feito fá-lo tu mesmo!”. Não sei quem foi mas, damn it, está mesmo certo. A não ser claro, receitas de bacalhau e outros cozinhados mais ornamentados que uma permanente da Lady GaGa. Prometo que cumpro este objectivo quando for à WC;
  8. Nunca mostrar os meus pontos fracos. Estão a ver as tropas americanas a dar as moradas das suas casas aos afegãos? Quanto menos conhecido e mais discreto, mais intocável também;
  9. Pensar antes de agir. Reflectir antes de tomar uma decisão ou executar um acto, apesar de difícil (o meu maior defeito é … – Ok, não vou dizer se não já estou a ser incoerente com o ponto anterior -), é necessário. A vida não é, necessariamente, estar num carro sem travões num cruzamento cujo semáforo está intermitentemente “amarelo”;
  10. Seguir à risca todos os pontos anteriores. Tenho a impressão que este é o mais complicado…

2 comentários:

Anónimo disse...

Pensava que no post anterior tinhas dito que as resoluções não são cumpridas e que as pessoas não mudam só porque passa a ser 1 de Janeiro de um novo ano.

Em relação à 1. não devias mesmo ter crises de auto-estima, pelo que dá para ver pelo blogue és bom rapaz e devias lembrar-te disso quando estás mais em baixo. Um dia as coisas vão correr-te bem e vais encontrar alguém especial.

Não obstante o que disse no início, que tenhas força para cumprir as tuas resoluções.

Lobby Queer disse...

Pois, daí a necessidade de resolução; para me poder consciencilizar formalmente dos "objectivos" mesmo sabendo que ninguém muda por decreto :)